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Estado de Minas

Motosserra não elimina risco de quedas de árvores em Belo Horizonte

Apesar do intenso trabalho de realizar as podas em árvores de Belo Horizonte, galhos de um espécime caíram e atingiram dois carros no Bairro Buritis e afetaram a energia elétrica


postado em 18/09/2018 06:00 / atualizado em 18/09/2018 07:48

Ver galeria . 7 Fotos Ramon Lisboa/EM/D.A.Press
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press )


As motosserras não param de trabalhar em Belo Horizonte. O número de podas nos primeiros oito meses deste ano já são 72,1% maiores do que foi registrado de janeiro a dezembro de 2017. O número de supressões é ainda maior. Já chega a 83% a mais dos cortes realizados no mesmo período. Mesmo com a intensificação dos trabalhos e o aumento no investimento, que hoje é de aproximadamente R$ 8 milhões, moradores continuam em risco. Ontem, galhos de uma árvore caíram no Bairro Buritis, na Região Oeste da capital mineira, e atingiram dois carros. A rede elétrica também foi afetada, o que deixou moradores sem energia elétrica por obras. Ninguém ficou ferido.

As quedas de árvores já provocaram mortes em Belo Horizonte. Por isso, os trabalhos estão sendo intensificados desde o início do ano. Os dados da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura evidenciam as ações. De janeiro a agosto deste ano, foram realizadas 28.310 podas na capital mineira. Uma média de 116 por dia. Em relação as supressões, foram 5.566 nos primeiros oito meses de 2018, o que equivale a aproximadamente 23 por dia.

As ações acontecem em toda cidade. A região com o maior número de supressões de árvores foi a Nordeste, com 894. Em seguida, vem a Oeste, com 784 cortes, a Leste, com 765, e a Noroeste, com 726. Já em relação as podas, Venda Nova lidera. Foram 6.396 espécimes que passaram pela retirada de galhos. Em seguida, vem a Região Norte, com 4.766 podas, e a Noroeste, com 3.408.

Para se ter uma ideia do aumento de ações nas árvores da capital mineira, vale comparar com os dados do ano passado. De janeiro a dezembro de 2017, foram realizadas 16.445 podas, o que equivale a 45 ações deste tipo por dia. Já as supressões, foram realizadas 3.041, uma média de oito diariamente. Houve aumento também nos investimentos para os trabalhos. Ano passado foram R$ 4 milhões gastos, e em 2018 aumentou para R$ 8 milhões. 

Ninguém ficou ferido na queda de árvore na Região Oeste da capital, causando apenas danos no transformador (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
Ninguém ficou ferido na queda de árvore na Região Oeste da capital, causando apenas danos no transformador (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)


CASO REGISTRADO
Mesmo com mais ações e investimentos, os moradores continuam em risco. Ontem, mais um caso foi registrado. Desta vez, foi na Rua Vitório Magnavacca, no Bairro Buritis. Galhos de uma árvore do espécime Pau-ferro grande caíram e atingiram dois carros que estavam estacionados. A ocorrência aconteceu por volta das 14h. Os galhos atingiram dois carros no encontro com Rua Heitor Menin. A rede elétrica também foi atingida.  E os moradores tiveram a energia cortada.

De acordo com a Cemig, houve danos em um transformador. Equipes foram ao local e isolaram o risco de eletrocussão. A previsão era que até 20h todos os clientes afetados teriam a energia restabelecida. O número de casas que ficaram sem os serviços não foi informado.

A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura informou que uma vistoria foi feita na árvore e foi identificado que ela estava infestada de cupins. “Foi realizada uma vistoria no local e identificou que o motivo da queda do galho foi por ataque de cupins. Informa também que a árvore em questão já se encontrava na programação de podas, porém diante da situação atual foi autorizado o serviço de supressão que está programado para acontecer amanhã (terça-feira)”, informou por meio de nota.


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