A Praça da Liberdade, um dos cartões-postais de Belo Horizonte, sempre foi conhecida por seus belos jardins em meios as árvores. Mas, atrás dos tapumes colocados no entorno do ponto de encontro de moradores, turistas e esportistas, a paisagem agora é outra. O verde foi tomado pela cor amarronzada da terra remexida. Parte da grama foi retirada para as obras de revitalização paisagística e restauração do espaço. Motivo que revoltou parte da população, que conseguiu ver o cenário do alto dos prédios. O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) afirma que foram substituídas 30 árvores e acrescidas outras 19 espécimes e nove palmeiras. Na nova configuração, serão quase 30 mil mudas e 6,1 metros de grama plantados no espaço.
Os custos para a requalificação estão orçados em R$ 5,2 milhões, a serem assumidos pela Prefeitura de BH, governo de Minas e mineradora Vale. A reforma está prevista para ser entregue em novembro deste ano. O projeto de restauração e revitalização paisagística foi desenvolvido pelo arquiteto Ricardo Samuel Lana. Antes, foi aprovado pelo Iepha/MG, Prefeitura de Belo Horizonte e pelos Conselhos de Patrimônio Estadual e Municipal.
Segundo o Iepha, algumas árvores tiveram que ser substituídas. “Fundamentada em amplo inventário dos estratos arbóreo e arbustivo da Praça, essa intervenção envolve a classificação e quantificação de todas as espécies arbóreas, de acordo com suas especificações e porte. O projeto traz o quantitativo e a descrição de todas as espécies que farão parte dos jardins nesta revitalização, somando quase 30 mil mudas e 6.154,05 m² de grama. No total, foram substituídas 30 árvores e acrescidas outras 19 espécies e nove palmeiras”, informou.
Estão previstas, ainda, podas de galhos que impeçam o crescimento das árvores, alterem as copas, ou que possam causar qualquer tipo de acidente. “A poda, dessa forma, cumpre o objetivo de supressão de galhos mortos, comprometidos por agentes patológicos, e considerados incompatíveis com a circulação humana ou que impeçam a insolação adequada para o equilíbrio e saúde da vegetação”, afirmou o Iepha. A revitalização é realizada, também, pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Vale.
ILUMINAÇÃO A escuridão encontrada na Praça da Liberdade deve ter fim durante as obras. Os 33 postes do estilo republicano que ficavam às margens do cartão-postal serão reposicionados na parte interna. Dessa forma, eles se somarão aos 27 que já existem dentro da praça, totalizando 60 luminárias do mesmo estilo nessa área depois da reforma, respeitando a simetria do espaço e estruturas já existentes. Todas as peças serão restauradas, com base em autorização já emitida pelo Iepha, seja as desgastadas pelo tempo ou as que foram alvo de vandalismo. O entorno da praça e as ruas ao redor do ponto turístico receberão postes decorativos em aço galvanizado na cor cinza chumbo.