Já imaginou integrar a exposição de um museu ao lado de grandes nomes como Portinari e Guignard? O Espaço do Conhecimento Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está recebendo colecionadores que desejam exibir ao público seus objetos dentro do museu. Os materiais ficarão em destaque na mostra Colecionar o mundo: objetos + ciência cultura. Isso ocorre durante a 12ª Primavera de Museus e Jornada de Educação em Museus – na capital, são 12 instituições –, que traz como tema “Celebrar a educação em museus”, em um convite à visitação com uma programação variada para todos os públicos. O museu já reúne acervos de 20 centros de cultura e ciência da Rede de Museus da UFMG, como obras de artistas renomados, coleções taxonômicas e artefatos usados na construção do saber.
Em uma roda de conversa, os participantes vão mostrar os acervos que mantêm em casa e compartilhar os motivos que os levaram a colecionar. “Trata-se de uma atividade que vai acontecer no sábado, quando convidamos colecionadores a trazer as suas coleções para que elas fiquem exposta aqui também. Já surgiram coleções de chave, cartão telefônico, cartão-postal, ferro de passar roupa, coleção de terço, palheta”, explicou Wellington Luiz, assistente educacional do museu. Importante lembrar que não tem processo de inscrição, entretanto, a atividade é indicada para pessoas a partir de 5 anos.
No museu também é possível perceber a riqueza artística que a UFMG abriga dentro de seus muros e, agora, abre para a comunidade externa. Os visitantes podem ver peças famosas de nomes como Portinari, Guignard, Burle Marx, Di Cavalcanti, Maria Helena Andrés e outros. Ao lado, a seção Ilustrações Científicas mostra como a união da arte com a ciência foi fundamental para o estudo de espécies. A mostra tem 140 figuras detalhadas de plantas e animais. Coleções Taxonômicas mostram exemplares de peixes, aves, orquídeas, répteis, insetos e tipos de madeira que mostram a biodiversidade de três regiões de Minas Gerais: o Espinhaço Canga, onde fica o Quadrilátero Ferrífero; o Espinhaço Quartzito, que engloba as serras do Cipó e do Caraça; e o Vale do Rio Doce.
TRAGÉDIA DE MARIANA A maior tragédia socioambiental do país, que destruiu Bento Rodrigues, devastada pelos rejeitos que provocaram a morte 19 pessoas, também se tornou um tema de reflexão dentro do museu. A oficina Bestiário do “novo” é a nova exposição do espaço. Nela. o público conhecerá diversas coleções científicas da universidade que mostram animais da região, como gambá-de-orelha-preta, morcego-vermelho-do-sul e tangará. Depois de uma conversa sobre a importância de coleções taxonômicas para o conhecimento humano, os visitantes vão relembrar o rompimento da Barragem do Fundão, que afetou a bacia e pode ter colocado fim a algumas espécies. “Trabalharemos com as crianças a importância da coleção taxonômica da universidade para saber o que, por exemplo, tinha ali na região do Rio Doce depois do crime que aconteceu”, explicou Wellington Luiz. Vale lembrar que as atividades são livres e gratuitas.
PROGRAMAÇÃO
Sessões no Planetário
Quando: Sábado
13h – O céu como patrimônio
15h – Entre discos e esquinas
15h30 – Perspectivas austrais
16h – Astronomia indígena
com Libras
Exposição Colecionar o mundo
Quando: até o dia 23. Hoje, amanhã e domingo, das 10h às 17h, e sábado, das 10h às 21h
Classificação: livre
Oficina Museu Imaginário
Quando: Sábado, às 15h
Classificação: a partir de 5 anos
Oficina Você coleciona o quê?
Quando: Sábado, às 18h30
Classificação: livre
Oficina Bestiário do “novo” Rio Doce
Quando: Domingo, às 15h
Classificação: a partir de 6 anos
SERVIÇO
Espaço do Conhecimento UFMG
Aberto ao público de terça-feira a domingo
Local: Praça da Liberdade, 700, Funcionários
Telefone: (31) 3409-8350