Jornal Estado de Minas

Copasa desmente que Montes Claros voltaria com racionamento depois das eleições


A Copasa divulgou nota de esclarecimento, nesta sexta-feira, em que afirma que é falsa a informação que circula em redes sociais, de que o racionamento no abastecimento de Montes Claros (404,8 mil habitantes, Norte de Minas) retornará após as eleições de outubro. No comunicado, a companhia reafirma que o fim do rodízio no fornecimento de água no município é definitivo.

A Copasa anunciou o fim do racionamento de água em Montes Claros no último dia 13, após quase trê anos de restrição.  O rodízio no fornecimento de água  foi iniciado em outubro de 2015, devido à redução do volume da Barragem do Rio Juramento/Sistema Rio Verde Grande, responsável por 65% do abastecimento da população do município. Na ocasião, devido à falta de chuvas na região, o nivel do reservatório diminuiu para 15%, o mais da história desde que foi construído (em 1982).

A justificativa da empresa para a normalização do abastecimento foi a entrada em operação da adutora do Rio Pacuí, cujas obras, iniciadas em agosto de 2017, custara R$ 88 milhões. Foram construídos 56 quilômetros até o ponto de captação do Pacuí, a 56 quilômetros de distância de Montes Claros.

A empresa informou que o Sistema Pacuí está fornecendo para a cidade 150 litros por segundo e que a população também passou a receber água de 22 poços tubulares (100 litros por segundo), somados a 400 litros da Barragem do Rio Juramento e mais a captação do Sistema Porcos/Pai João/Lapa Grande (em torno de 250 litros por segundo). Com isso, a quantidade de água distribuída no município alcançou 900 litros por segundo, o que permitiu o fim do racionamento, garante a Copasa.

No entanto, tão logo foi anunciado a regularização do abastecimento, passaram a circular nas redes sociais que o “fim do racionamento” seria apenas uma medida para “atender interesses políticos”, com a restrição no fornecimento de água devendo retornar após as eleições. Também circula em grupos de WhatsApp um vídeo de um morador da região do Rio Pacuí, que sustenta que o manancial não tem vazão suficiente  fornecer  água para o abastecimento de Montes Claros, sobretudo em função da redução do seu volume, devido à falta de chuvas na região. A  informação  é rebatida pela companhia de abastecimento.

Na nota divulgada nesta sexta-feira, a Copasa diz que  “a demanda de água na cidade de Montes Claros atualmente é de 900 litros por segundo (l/s), em média. Com a captação no Rio Pacuí; na barragem de Juramento e na Estação de Tratamento de Água de Morrinhos, além da captação em poços profundos, nossa capacidade de produção é suficiente para o atendimento à demanda, o que permite tecnicamente garantir uma margem segura para o abastecimento do município, eliminando a necessidade de rodízio”.  A companhia reitera ainda o pedido para que a população  mantenha  “um consumo consciente, sem desperdícios”.
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