Um serviço do século 21 para proteger moradores de uma cidade dos tempos coloniais. Já está disponível um aplicativo sobre as áreas de risco em Ouro Preto, na Região Central de Minas, iniciativa considerada inédita no estado. Segundo o analista de sistemas Rafael Gomes, da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão, a ferramenta digital foi “100% desenvolvida por uma equipe de tecnologia da prefeitura em parceria com a Secretaria Municipal de Defesa Social, na qual se encontra a Defesa Civil”.
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Crianças aprendem técnicas para escapar dos riscos da chuva forte e de enchentesObras diminuem riscos de rompimento de açudes na Região Central de MinasChuva aumenta riscos nas estradas no feriado de carnaval Aplicativo da Defesa Civil vai alertar moradores sobre riscos de desastres naturais em MGCasa de Cultura Negra em Ouro Preto será reaberta em novembroBasta caminhar por Ouro Preto, antiga Vila Rica, para ver que a cidade tem muitos morros e construções na encostas. Por meio do aplicativo, o morador ou visitante poderá verificar se está numa área de perigo, já que haverá três níveis de informações, no aplicativo, sinalizando, cores e status “observação (verde), atenção (amarelo), alerta (laranja) e alerta máximo (vermelho)”. Rafael diz ainda que, em conexão com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a pessoa receberá boletins meteorológicos. “Queremos mesmo que todo mundo se oriente e tenha cuidado.
COLABORATIVO
Além dos serviços fornecidos sobre as áreas de risco, as pessoas poderão ajudar com informações, pois a plataforma é colaborativa. Dessa forma, se alguém estiver num local e quiser alertar sobre os riscos, poderá mandar mensagem e fotos para a Defesa Civil, em tempo real. Sem custo, o “app” já pode ser baixado na Playstore; na próxima semana, ficará disponível para sistema iOS.
Para lembrar que todo cuidado é pouco, Rafael cita algumas áreas de risco, como as proximidades da estação ferroviária, os bairros Taquaral e Piedade, onde, na década de 1990, morreram soterradas várias pessoas de uma mesma família; e também a área próxima à rodoviária. Em 2012, um taxista de 28 anos morreu soterrado, durante um deslizamento, quando dormia dentro do seu carro.
“O ineditismo maior é que conseguimos unir as informações meteorológicas em tempo real, da Cemaden, com o cadastro das áreas de risco da CPRM. Assim, teremos as pessoas se protegendo e também colaborando com a Defesa Civil”, afirma Rafael, lembrando que o conceito foi todo criado pela equipe da prefeitura. “Como o banco de dados foi modelado para a prefeitura, a Defesa Civil, coordenada por Neri Moutinho, passa a ter uma ferramenta de trabalho diário. Se aparece um novo ponto de risco – inundação, deslizamento, enxurrada, casa ameaçada ou condenada, queda ou tombamento de blocos etc.