O movimento mundial “Outubro Rosa” aumenta a cada ano, visando chamar atenção para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Agora em outubro, o Instituto Mário Penna promove a campanha de prevenção ao câncer, e vai realizar 1.500 exames de mamografias gratuitos, sem a necessidade de passar pelo posto de saúde antes. Para realizar o exame, a mulher deve ter de 50 a 69 anos, atendendo a exigência do Ministério da Saúde.
Os exames de mamografia já podem ser agendados na Central de Marcação de Exames do Instituto Mário Penna pelo telefone (31) 3349-1212, das 7h às 19h. Os exames serão realizados no Hospital Luxemburgo, na Rua Gentios, 1.350, Bairro Luxemburgo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
A mastologista do Instituto, Kerstin Kapp Rangel, afirma que a forma de fazer um diagnóstico mais eficiente é realizar o controle anual com mastologista, além de exames como mamografia (regularmente) e autoexame mensal. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), se a mulher tem diagnosticado um câncer de mama em estágio precoce, a chance de cura é acima de 90%.
Campanha Outubro Rosa
O movimento Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 90. Ao longo dos anos, ele foi adotado pelos demais países para chamar a atenção para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.
Com o objetivo de despertar a ideia da prevenção e a importância do diagnóstico precoce, a campanha busca difundir informações a respeito da doença e o engajamento da população ao longo de todo o mês.
Câncer de Mama
Ainda de acordo com o Inca, o câncer de mama é o tipo mais comum em mulheres de todo o mundo. A cada ano, a América Latina tem cerca de 115 mil novos casos, sendo cerca de 60 mil provenientes do Brasil.
A mastologista Kerstin Kapp Rangel explica que o surgimento da doença está diretamente relacionado à exposição ao estrogênio. “Por isso, entre fatores de risco, destacam-se dois mais importantes: pertencer ao sexo feminino e a idade. Quanto mais velha a mulher, maior é o seu risco em adoecer da neoplasia”, afirma. “A relação do câncer de mama com a genética é bem menos significativa. Apenas cerca de 5% de todos os casos estão relacionados à mutações genéticas familiares e hereditárias. A enorme maioria dos casos é esporádica”, completa.
A mastologista lembra ainda que a doença também pode acometer homens, representando 1% do total de casos.“A idade de acometimento é acima de 65 anos, por meio de nódulos endurecidos próximos ao mamilo, comprometendo mais frequentemente a pele”, detalha.
O progresso da medicina diagnóstica e terapêutica, entretanto, tem possibilitado a cura para casos de câncer de mama diagnosticados precocemente. Além disso, o diagnóstico em fases iniciais da doença aumenta as chances de cura e permite oferecer um tratamento mais eficaz e menos agressivo. “O tratamento do câncer de mama é baseado em três pilares: a cirurgia, a radioterapia e o tratamento sistêmico (hormonioterapia, quimioterapia, etc)”, explica Kerstin.
*Sob supervisão da subeditora Ellen Cristie