Um projeto com as bênçãos do papa Francisco começou a florescer, ontem, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Um grupo formado por 31 jovens, na faixa dos 15 aos 25 anos, do município e de Santa Luzia, Raposos e Caeté, participou das atividades inaugurais do curso Guardiões do Patrimônio Cultural, iniciativa da Arquidiocese de Belo Horizonte. Segundo o coordenador-geral, Josimar Azevedo, o objetivo do serviço-aprendizagem é a “formação cidadã”, conforme preconiza o sumo pontífice, e a capacitação profissional da turma visando à geração de emprego e renda. O foco está também no empreendedorismo, desenvolvimento econômico sustentável e nas múltiplas possibilidades que o patrimônio cultural oferece.
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PRESERVAÇÃO No terceiro módulo, os jovens tiveram a oportunidade de conversar com pessoas da comunidade, que falaram sobre a importância da preservação dos monumentos, e, na etapa final, houve a preparação da turma para um trabalho na comunidade. Na semana que vem, devido ao feriadão, não haverá aula presencial, mas os jovens terão atividades em suas cidades, como verificar os acervos e o que merece cuidado e atenção. O serviço-aprendizagem se desenvolve em parceria com o bispo auxiliar, dom Vicente de Paula Ferreira, a coordenadora-geral do Memorial da Arquidiocese de BH, Maria Goretti Gabrich, e o vigário episcopal do Vicariato para Ação Pastoral, padre Joel Maria.
No curso, os jovens vão conhecer mais sobre o patrimônio ambiental e histórico-cultural de seus municípios, e a importância de preservá-los ao lado do empreendedorismo e desenvolvimento econômico sustentável. Em nota, a arquidiocese informa que, “com esse trabalho, busca contribuir para que os jovens, reconhecendo todo o patrimônio de suas cidades, estejam capacitados a atuar como guias e profissionais ligados à área do turismo. Ao mesmo tempo, a formação permitirá que a juventude se dedique à preservação dos bens de suas regiões”.
Moradora de Sabará e integrante da turma, a engenheira- agrônoma Fernanda Lopes Porto vai “apresentar” aos colegas as igrejas, já que trabalhou antes como guia de turismo. “Espero que o conhecimento que vamos adquirir seja multiplicado nas cidades de cada um. Temos aqui bens religiosos, que também são bens culturais e devem ser valorizados por todos, independentemente da crença”, observou Fernanda.