Uma menina de apenas 10 meses morreu em um acidente envolvendo uma bicicleta motorizada e um carro em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Ela dormia no colo da mãe, que estava na garupa da bicicleta conduzida pelo pai dela no último domingo.
A jovem de 21 anos disse à Polícia Militar (PM)eles passavam pela ciclovia da Rua Marechal Floriano, no Centro da cidade. Ao passarem pelo cruzamento da Marechal Deodoro, eles foram surpreendidos por uma caminhonete branca. O marido, que estava correndo um pouco, segundo ela, não conseguiu desviar do carro e acabou o atingindo. Os três caíram no chão.
Confusa e com diversos ferimentos pelo corpo, pegou a filha no colo e achou que ela ainda estivesse dormindo. Pessoas que testemunharam o acidente ligaram para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros. Como os resgates não chegaram, o pai levou a menina ao hospital de pronto-socorro de Valadares em um carro particular, enquanto a mulher ficou na calçada aguardando uma das ambulâncias. A mulher acabou sendo socorrida por uma viatura da Polícia Militar, que a levou ao mesmo hospital.
A morte da criança, que completaria 1 ano em novembro, foi confirmada à noite. Ela sofreu traumatismo craniano e parada cardiorrespiratória. O motorista do Fiat Toro envolvido no acidente contou que estava parado no sinal do cruzamento e que arrancou normalmente em direção a um shopping da região quando o sinal abriu. Poucos metros depois, foi surpreendido pela bicicleta. Ele disse que conseguiu frear e o condutor da bicicleta tentou desviar, mas esbarrou no para-choque dianteiro da caminhonete. De imediato, ele prestou socorro à família e notou que o bebê tinha um hematoma na cabeça. Depois que pai e filha foram levados para o hospital em outro carro, ele permaneceu no local com a mãe aguardando uma ambulância.
De acordo com a PM, foi confeccionado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) do pai da criança por conduzir veículo motorizado sem possuir Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para isso. Ele não foi levado à delegacia por crime de trânsito porque não foi possível realizar a aferição de cilindrada da bicicleta motorizada. O veículo foi removido.