O estado de conservação das estradas que cortam Minas Gerais novamente é motivo de preocupação. Dados da 22º edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgados nesta quarta-feira pela Confederação Nacional de Transporte, mostram que mais de 60% das vias estão em estado regular, ruim ou péssimo. O estudo apontou que no Brasil, 57% dos trechos avaliados estavam regular, ruim ou péssima.
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Estradas mineiras registram 25 mortes no feriado prolongadoAcidentes em estradas sob responsabilidade da PMRv deixam 20 mortos no feriadoMinas Gerais tem 21% de estradas em estado de conservação ruim ou péssimoPRF reforça fiscalização nas estradas para feriado de Nossa Senhora AparecidaAlém dos acidentes, estradas ruins impactam na economia e meio ambiente, dizem especialistasOs trechos concedidos a iniciativa privada, em Minas Gerais, foram os que apresentaram resultados melhores. Nas estradas sob responsabilidade de empresas, 924 quilômetros estão em ótimo estado, 1.139 km foram considerados em situação boa. Em avaliação regular, foram apenas 638 kms, e apenas 11 kms ruins. Não foi apontado pela pesquisa nenhum trecho péssimo. Já nas estradas sob administração pública, 8.693 quilômetros de estradas foram avaliados como regular, ruim ou péssimo. Já 3.831 foram considerados ótimo ou bom.
As estradas sob jurisdição do Estado estão em condições piores. Dos 6.261 quilômetros analisados, 92,7% foram considerados regulares, ruins ou péssimos.
Situação no país
Em todo país, foram percorridos 107.161 quilômetros de rodovias durante a pesquisa. Segundo o CNT, 57% dos trechos avaliados apresentaram estado geral com classificação regular, ruim ou péssima. Houve uma melhora em relação a 2017, quando o percentual chegou a 61,8%. O total percorrido corresponde a malha federal pavimentada e aos principais trechos estaduais, também pavimentados.Uma das mudanças apontadas para a melhora em 2018, foi o aumento da sinalização, como placas de limite de velocidade, faixas centrais, laterais e defensas.
Um motivo de preocupação é o aumento dos pontos considerados críticos. De 2017 para 2018, passaram de 363 para 454 casos. “Esses pontos podem ser classificados como situações graves que ocorrem na via e podem trazer riscos à segurança dos usuários, além de custos adicionais de operação, devido à possibilidade de dano severo aos veículos, aumento do tempo de viagem ou elevação da despesa com combustível. Entre os principais identificados pela CNT estão quedas de barreiras, pontes caídas, erosões nas pistas e trechos com buracos grandes”, informou o órgão. .