O estado de conservação das estradas que cortam Minas Gerais novamente é motivo de preocupação. Dados da 22º edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgados nesta quarta-feira pela Confederação Nacional de Transporte, mostram que mais de 60% das vias estão em estado regular, ruim ou péssimo. O estudo apontou que no Brasil, 57% dos trechos avaliados estavam regular, ruim ou péssima.
Em Minas Gerais, foram avaliados 15,2 mil quilômetros de estradas. O estado geral avaliado, mostrou que 464 km estavam em situação péssima, 2.898 considerados ruins, e outros 5.980 regular. Os dados correspondem a 61,3% do total estudado. Em contrapartida, 4.650 kms de vias foram considerados em bom estado, o que corresponde a 30,5%. E 1.244 km estão em ótimo estado, equivalente 8,2%.
Os trechos concedidos a iniciativa privada, em Minas Gerais, foram os que apresentaram resultados melhores. Nas estradas sob responsabilidade de empresas, 924 quilômetros estão em ótimo estado, 1.139 km foram considerados em situação boa. Em avaliação regular, foram apenas 638 kms, e apenas 11 kms ruins. Não foi apontado pela pesquisa nenhum trecho péssimo. Já nas estradas sob administração pública, 8.693 quilômetros de estradas foram avaliados como regular, ruim ou péssimo. Já 3.831 foram considerados ótimo ou bom.
As estradas sob jurisdição do Estado estão em condições piores. Dos 6.261 quilômetros analisados, 92,7% foram considerados regulares, ruins ou péssimos. Somente 457 kms foram apontados como ótimos o bons. Já nas rodovias federais, foram avaliados 8.975 kms. Destes, 3.538 kms foram considerados regulares, ruins ou péssimos. E outros 5.437 receberam avaliação boa ou ótima.
Situação no país
Em todo país, foram percorridos 107.161 quilômetros de rodovias durante a pesquisa. Segundo o CNT, 57% dos trechos avaliados apresentaram estado geral com classificação regular, ruim ou péssima. Houve uma melhora em relação a 2017, quando o percentual chegou a 61,8%. O total percorrido corresponde a malha federal pavimentada e aos principais trechos estaduais, também pavimentados.Uma das mudanças apontadas para a melhora em 2018, foi o aumento da sinalização, como placas de limite de velocidade, faixas centrais, laterais e defensas. Neste ano, o percentual da extensão das rodovias com sinalização ótima ou boa foi de 55,3%. No período passado era 40,8%. “A melhora de 14,5 pontos percentuais pode ser explicada pelos avanços nos programas dedicados à adequação da sinalização, sobretudo em rodovias federais”, afirmou o CNT.
Um motivo de preocupação é o aumento dos pontos considerados críticos. De 2017 para 2018, passaram de 363 para 454 casos. “Esses pontos podem ser classificados como situações graves que ocorrem na via e podem trazer riscos à segurança dos usuários, além de custos adicionais de operação, devido à possibilidade de dano severo aos veículos, aumento do tempo de viagem ou elevação da despesa com combustível. Entre os principais identificados pela CNT estão quedas de barreiras, pontes caídas, erosões nas pistas e trechos com buracos grandes”, informou o órgão.