Aos poucos, o mistério em torno do tiroteio entre policiais civis de Minas Gerais e de São Paulo na tarde de sexta-feira, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, vai sendo esclarecido. A Polícia Civil já sabe que o confronto ocorreu em meio a uma transação suspeita entre dois empresários, um de Juiz de Fora e outro de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas, os investigadores já levantaram também que os policiais de Minas Gerais estariam apoiando o empresário mineiro, enquanto os de São Paulo garantiam a segurança do empresário paulista. No caso dos mineiros, apesar da informação da assessoria de imprensa, uma fonte ligada à investigação disse que a conduta ainda precisa ser mais detalhada, pois não está claro com qual interesse os mineiros foram acompanhar o caso.
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Motivação de troca de tiros entre policiais que terminou em morte ainda é mistérioPolicial civil morre em troca de tiros dentro de estacionamento em Juiz de ForaMP acompanha caso de tiroteio entre policiais em Minas; Ouvidoria quer ajuda da PFApuração de tiroteio com policiais em Juiz de Fora mobiliza dois estadosEmpresário presta depoimento sobre troca de tiros entre policiais em Juiz de ForaPoliciais de SP envolvidos em tiroteio em Juiz de Fora são presos na Nelson HungriaUm segurança particular, que acompanhava o grupo de São Paulo e é irmão de um dos policiais paulistas, está internado em estado grave no Hospital Monte Sinai e foi autuado pelo homicídio do policial de Juiz de Fora morto no confronto.
O próximo passo da investigação é explicar o motivo do desentendimento que gerou os tiros e detalhar a negociação que estava em andamento entre os dois empresários.
Nenhuma identidade dos envolvidos na confusão foi revelada. O fato, segundo a Polícia Civil, é que policiais acompanhavam os empresários envolvidos na transação, marcada para ocorrer no estacionamento de um condomínio de consultórios que faz ligação com o Hospital Monte Sinai.
No meio desse processo houve o tiroteio. Até o momento a investigação aponta que o tiro que matou o policial Rodrigo Francisco, de 39 anos, saiu da arma de um segurança particular que acompanhava o grupo do empresário paulista com oito policiais do estado vizinho, incluindo dois delegados.
Do mesmo grupo de São Paulo, outros quatro policiais foram ouvidos e liberados, segundo a investigação. Para ouvir uma parte dos agentes paulistas, a Polícia Civil de Minas teve que montar um cerco, com o apoio da Polícia Militar, para prender os que tinham fugido quando ocorreu o tiroteio. Outro que fugiu é o empresário que tinha a segurança mantida pelo grupo. Ele é apontado como o dono de R$ 15 milhões em notas supostamente falsas, que provavelmente seriam usadas na transação com o empresário de Juiz de Fora. O dinheiro ainda vai passar por perícia, mas ao que tudo indica o montante é falso. Por essa razão, o empresário paulista foi identificado e autuado por tentativa de estelionato, mas não foi preso.
A assessoria de imprensa da PC também informou inicialmente que o homem de Juiz de Fora que participaria do negócio teria fugido, mas fonte da investigação informou que ele foi ouvido no hospital, já que levou um tiro no pé e também foi internado.
Até a noite de sábado, ele não havia sido autuado por nenhum crime, conforme a polícia. Do grupo que estava com ele, um policial civil mineiro morreu e outros três foram autuados por prevaricação, crime que o Código Penal descreve como “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. Além do dinheiro falso, também foram apreendidos celulares e armas na ocorrência.
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Até a noite de sábado, ele não havia sido autuado por nenhum crime, conforme a polícia. Do grupo que estava com ele, um policial civil mineiro morreu e outros três foram autuados por prevaricação, crime que o Código Penal descreve como “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. Além do dinheiro falso, também foram apreendidos celulares e armas na ocorrência.