A demanda de adesões de atingidos pelo rompimento da Barragem do Fundão ao processo que busca reparações nas cortes da Inglaterra e do País de Gales se tornou tão intensa que o prazo para ingresso na causa teve de ser prorrogado. Diante da procura, os advogados do escritório anglo-americano SPG Law, que vai processar a BHP Billiton SPL por danos morais e materiais, decidiram ampliar a entrada de novos clientes – que se encerraria ontem – até a meia-noite de sexta-feira, horário de Brasília. “Depois disso, será humanamente impossível processar todos os dados para entrar com a ação em 1º de novembro nas cortes do Reino Unido”, afirma um dos advogados do escritório de Londres, Tomás Mousinho Gomes Carvalho Silva.
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Fundação investe em cuidado com nascentes para compensar danos da tragédia de MarianaIgreja e indígenas devem aderir a ação internacional de reparação pela tragédia de MarianaAção bilionária da tragédia de Mariana atrai interesse de ao menos 19 prefeiturasTermina hoje prazo para aderir à ação internacional pela tragédia de MarianaCorrida para pessoas com deficiência é mensagem contra o preconceito em BHAté o momento, contando Minas Gerais e o Espírito Santo, já aderiram ao processo mais de 70 mil atingidos. A expectativa do escritório é de que esse número chegue a 100 mil, entre atingidos direta e indiretamente, municípios, Igreja Católica, pescadores ribeirinhos, povos indígenas, entre outros. Dos 500 advogados que já firmaram uma parceria, 300 apresentaram clientes e os escritórios trabalham num esforço frenético para atender a todas as pessoas que podem ser indenizadas.
Nesta semana, chegam mais pessoas para ajudar a desafogar as filas e aglomerações imensas de atingidos e seus advogados nos escritórios parceiros. São profissionais brasileiros, norte-americanos e ingleses. “Nosso objetivo é que ninguém que foi prejudicado fique de fora, isso nos entristeceria demais”, disse Tomás Silva..