Um encontro para discutir o patrimônio cultural à luz do direito. Com a palavra “mineiro” no título, mas com representantes do “Rio Grande do Sul ao Amazonas”, conforme diz o organizador, o professor Carlos Magno de Souza Paiva, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), será realizado hoje e amanhã o Congresso Mineiro de Direito do Patrimônio Cultural. A promoção é da Ufop, com apoio das prefeituras de Ouro Preto, Mariana e Itabirito. A expectativa é que cerca de 300 pessoas participem das atividades no Centro de Artes e Convenções da universidade, em Ouro Preto.
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A destruição do subdistrito histórico de Bento Rodrigues, em Mariana, ocasionada pelo rompimento da Barragem do Fundão, que completará três anos em 5 de novembro, e o incêndio do Museu Nacional, do Rio de Janeiro (RJ), ocorrido em 2 de setembro, são exemplos citados pelo professor para mostrar a importância da proteção de sítios e monumentos de relevância e a responsabilidade de gestores e demais envolvidos na defesa dos conjuntos e acervos. Para Carlos Magno, torna-se necessário debater as questões jurídicas, os papéis do poder público e dos proprietários de bens de relevância histórica e outros temas, como o patrimônio imaterial. “Precisamos lembrar que o modo de fazer um doce, uma renda, são também riquezas culturais”, afirma.
Destacando que Minas tem 60% dos bens tombados no país, Carlos Magno lembra que mais de 700 municípios mineiros, do universo de 853 do estado, têm conselhos municipais de cultura.
Na sexta-feira, o congresso sediará o Fórum de Capacitação de Agentes Municipais de Fiscalização do Patrimônio Cultural. “Será uma parte muito prática, dirigida aos gestores”, diz Carlos Magno.
TEMAS Conforme os organizadores, o congresso terá 18 conferencistas e mais de 100 pesquisadores da área apresentando trabalhos. Entre os convidados, estão a subprocuradora geral da República, Sandra Cureau, o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), Michele Abreu Arroyo, e a ex-presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, além de professores, advogados, promotores de Justiça e desembargadores.
Na oportunidade, serão lançadas as obras Manual de direitos e deveres para quem vive e convive em áreas tombadas, Tutela jurídica e política de preservação do patrimônio cultural imaterial e Teoria dos direitos culturais: fundamentos e finalidades.
Ouro Preto prepara o carnaval
Famoso em todo o país, o carnaval de Ouro Preto, na Região Central, começa a esquentar os tamborins para a folia que vai rolar de 28 de fevereiro a 5 de março – a edição 2019 vai homenagear As Damas do Samba. Para turbinar o reinado de Momo, está aberto o chamamento público para o patrocínio da festa. A Prefeitura de Ouro Preto, via Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio já tem o projeto de acordo com o Ministério Público de Minas Gerais e o Termo de Ajustamento de conduta (TAC).
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