O tiroteio ocorrido na semana passada em Juiz de Fora entre policiais de São Paulo e Minas, que terminou com um agente mineiro morto e a apreensão de R$ 14 milhões em notas falsas, passou a ser investigado pela Polícia Federal. Nesta quinta-feira, 25, morreu um dos empresários envolvidos na suposta troca de reais por dólares. Jerônimo da Silva Leal Júnior estava internado desde o confronto.
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Corregedoria assume apuração de tiroteio entre policiais em Juiz de ForaMorre empresário baleado em tiroteio entre policiais em Juiz de ForaEmpresário envolvido em tiroteio entre policiais pagou R$ 30 mil pela 'escolta vip'Policiais de SP envolvidos no tiroteio em Juiz de Fora são soltosPresos policiais mineiros envolvidos em tiroteio com paulistas em Juiz de ForaJustiça nega habeas corpus para policiais paulistas presos após tiroteio em Juiz de ForaA investigação federal teve início após um ourives trocar 200 gramas de ouro e US$ 25 mil com um suposto comerciante de Belo Horizonte, por R$ 250 mil. Posteriormente, o ourives descobriu o golpe quando foi depositar o dinheiro falso em uma agência do Banco do Brasil na cidade. Na sequência, os federais já rastrearam vítimas de São Paulo, do Recife e de outras cidades mineiras.
A grande dificuldade da investigação até agora, conforme a reportagem apurou, é que o dinheiro das vítimas, em geral dólares, teria origem ilícita e não declarada à Receita Federal. Assim, quando se tornam vítimas, os donos do dinheiro não procuram a polícia. A origem dos recursos ilícitos também é objeto de outras investigações da Polícia Civil mineira.
No tiroteio da semana passada, o empresário paulista Flávio de Souza Guimarães, representante da empresa AJC Investimentos, se dirigiu à cidade para, segundo informou à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, pegar um empréstimo fora do sistema financeiro nacional com o empresário Antonio Vilela (que se apresentava como Antonio Vasconcelos). Vilela já havia sido preso duas vezes, em 2009 e 2015, por estelionato, tentando repassar notas falsas a terceiros.
Vilela teve ajuda de policiais mineiros, que entraram em confronto com os agentes paulistas contratados por Guimarães como seguranças, no que chamavam "escolta vip", após a constatação de que o dinheiro apresentado pelo mineiro era falso. Vilela e o dono da empresa de segurança contratada por Guimarães, Jerônimo da Silva Leal Júnior, acabaram baleados.
Morte
Leal Júnior se envolveu diretamente no confronto com os agentes de Minas e São Paulo. A principal linha de investigação é de que o policial mineiro Rodrigo Francisco, de 37 anos, que morreu no confronto, teria sido baleado pelo empresário.
Quatro dos nove policiais que faziam a segurança do empresário paulista acabaram presos pelos colegas do agente mineiro morto. A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo ainda não estabeleceu contato com a delegacia da PF de Juiz de Fora. O órgão de controle paulista apura apenas as infrações administrativas praticadas pelos policiais - como fazer bico de segurança e faltar ao trabalho para isso. Os crimes de que eles são suspeitos estão a cargo da Delegacia Regional da Polícia Civil de Juiz de Fora. .