Um homem foi preso neste sábado, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, acusado de se masturbar dentro de um ônibus. O caso ocorreu dentro da linha 4012 (Cristiano Machado/São Benedito). O suspeito foi contido por passageiros e detido pela Guarda Municipal e Polícia Militar.
A vítima, uma mulher de 29 anos, contou à polícia que o acusado entrou no coletivo no ponto em frente ao Cemitério Bosque da Esperança, no Bairro Jaqueline, e se sentou na mesma fileira, no banco do outro lado do corredor. Ainda segundo ela, o homem começou a olhá-la fixamente. Ela observou que ele estava se masturbando, momento em que tampou o órgão genital com a bolsa e o pôs para dentro da calça. No boletim de ocorrência da PM consta que os dois chegaram às vias de fato e um passageiro ajudou a vítima a imoblizar o suposto agressor.
Guardas municipais foram acionados por pedestres na Avenida Brasília e detiveram o suspeito até a chegada da PM. O acusado se defendeu, dizendo que foi "mal interpretado por estar com a mão debaixo da mochila e da roupa". Ele foi encaminhado à delegacia de Santa Luzia e liberado.
REFORÇO A luta contra o assédio no transporte coletivo terá um reforço nos ônibus da capital e nos metropolitanos. Botões de pânico instalados em 2.098 veículos e usados para casos de assalto e depredação servirão também para os casos de assédio. O treinamento da primeira turma de motoristas, com 40 condutores, começa nesta segunda-feira. Agentes da Guarda Municipal de BH vão embarcar em ônibus e vagões de metrô para falar da campanha.
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Denúncias de assédio em ônibus subiram 21,7% em relação a 2017 em BHÔnibus de BH terão 'botão do pânico' contra assédio contra mulheresContra assédio sexual, prefeitura vai distribuir apitos no transporte público de BHNovo rosto de Luzia: estudo desmonta teoria de migração para AméricaPesquisa contesta origem africana de LuziaGuardas femininas vão atuar em estações de ônibus e no metrô, orientando as passageiras sobre como agir em casos de assédio no transporte coletivo, em horários de pico ou de maior incidência dos atos. Elas distribuirão panfletos, ajudando as mulheres a detectar atitudes que configuram assédio ou importunação sexual, e sobre como buscar ajuda imediata. Também vão advertir possíveis abusadores sobre as penalidades às quais estão sujeitos.
Além da patrulha feminina empenhada na luta contra o assédio, a Prefeitura de Belo Horizonte pretende distribuir 10 mil apitos para que as mulheres que usam ônibus e metrô da capital acionem quando forem vítimas de assédio.
No fim do mês passado, a importunação sexual se tornou crime. A pena é de um a cinco anos de prisão.
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