A Praça do Papa, o Mirante do Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e a Praça Duque de Caxias, mais conhecida como Santa Tereza, na Região Leste, estão de cara nova. A escuridão que antes alarmava os frequentadores e propiciava um cenário perfeito para usuários de drogas e para a prática de crimes perdeu espaço para luminárias modernas e mais eficientes. Esses são os três primeiros de um total de 13 pontos turísticos da capital a receber o novo projeto de iluminação pública, que vai ser implementado em toda a cidade até 2020. Num período de um ano, um terço dos pontos de iluminação de BH estão com os novos parâmetros.
Apesar das melhorias, a luminosidade da Praça do Papa ainda é alvo de críticas de quem por ali passa. “Aqui na parte de cima, ainda falta iluminação. Está bastante escuro, o que causa insegurança. Se fizerem o mesmo trabalho lá de baixo, as condições serão melhoradas”, comenta Roni Alexandre. Os pontos mais escuros se concentram, principalmente, nas proximidades da cruz e do monumento em homenagem à paz, localizados na parte superior do complexo.
Outro ponto incluído no projeto de modernização da iluminação pública, a Praça Duque de Caxias, no Bairro Santa Tereza, ganhou 56 luminárias e 32 projetores. Quem passa pelo ponto turístico destaca os avanços. Por outro lado, também pontua “falhas” no projeto desenvolvido pela parceria público-privada entre o Executivo municipal e o consórcio Belo Horizonte Iluminação Pública (BHIP). “Acho que deveria clarear mais o coreto e os jardins para evitar vandalismo e o desgaste da praça. Venho muito aqui à noite e percebi que mais postes estão acesos, o que é muito bom. A gente enxerga mais os bancos e quem está em volta”, analisa Márcia Paula. De acordo com ela, entretanto, os aparelhos da academia ao ar livre e os brinquedos das crianças ainda estão escuros, o que cria dificuldades. “Trago meu neto aqui à noite, mas está muito escuro para ele brincar no playground”, observa.
O Mirante das Mangabeiras, por sua vez, recebeu 18 luminárias comuns, cinco de topo e quatro projetores de embutir. Outro ponto turístico da cidade que será entregue em breve é a Praça da Liberdade, cuja reinauguração está marcada para o mês que vem. O projeto prevê um novo layout, com reposicionamento das luminárias republicanas e dezenas de novos pontos de iluminação.
NOVAS FRENTES Também está prevista a entrega das mudanças no Viaduto Santa Tereza, que passa por restauro e pintura dos postes e readequação do sistema elétrico, que compõem o monumento. Para valorizar o cartão-postal, serão instalados refletores que darão mais destaque aos arcos, além de iluminação em toda a parte inferior e pilares do viaduto.
“Teremos uma frequência muito maior de pessoas e até a permanência por mais tempo nesses pontos. A cidade vai oferecer ao cidadão uma possibilidade de lazer que não existe hoje. Além disso, em um ano já contabilizamos 60 mil pontos de iluminação pública modernizados, ou seja, um terço de todo o parque da capital”, destaca o presidente da BHIP, Marcelo Bruzzi. O diretor de Operações da empresa, João Mário Martins, informou que a iluminação dos pontos de destaque foi prevista em projeto eletrotécnico que privilegia principalmente mais luz em monumentos e nas áreas destinadas à circulação de pedestres. “Onde não está previsto que as pessoas andem efetivamente vai ter menos iluminação”, afirma. O gestor também informou que se a Prefeitura de BH identificar a necessidade de algum tipo de melhoria, o assunto pode ser discutido.
Fora dos cartões-postais, a modernização da iluminação começou pelas áreas mais carentes: Venda Nova, Norte e Barreiro. A bola da vez são as regiões Leste e Nordeste. A nova iluminação está sendo instalada desde outubro do ano passado. São usadas luminárias de LED, com duração três vezes maior que as lâmpadas de vapor de sódio. Pelo contrato firmado entre a prefeitura e a BHIP, a empresa que tem a concessão para a prestar o serviço de manutenção e de modernização de postes, luminárias, refletores e demais estruturas que integram a iluminação pública da capital mineira, o novo projeto tem que gerar economia mínima de 45% do consumo de energia elétrica.