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Estado de Minas

Aldeias indígenas sofrem com surto de diarreia no Vale do Mucuri

Duas crianças morreram e mais de 70 pessoas foram internadas


postado em 31/10/2018 13:16 / atualizado em 01/11/2018 19:02

(foto: Cáritas Diocesana de Teófilo Otoni/Divulgação)
(foto: Cáritas Diocesana de Teófilo Otoni/Divulgação)

Um surto de diarreia atinge a população indígena de Águas Formosas e Machacalis, no Vale do Mucuri. Crianças da tribo dos Maxacaris são as mais atingidas.

Humberto Alencar de Freitas, de 40 anos, é secretário da Cárita Diocesana de Teófilo Otoni, e conta que recebeu pedido de socorro dos hospitais da região. Segundo ele, os primeiros casos apareceram no dia 14 de outubro, na aldeia de Pradinho, no município de Bertópolis.

Ao todo, mais de 70 pessoas foram internadas com sintomas da diarreia. Alencar conta que esse número poderia ser até maior. “Inicialmente, 106 indígenas de Pradinho foram atingidos. Desses, 45 tiveram que ser internados no Hospital São Vicente de Paula, em Águas Formosas” disse o secretário que continuou “depois disso, o surto chegou na aldeia de Água Boa, vitimando outras 66 pessoas. Trinta delas foram internadas no Hospital Cura D’ars.”

Alencar informa que duas crianças morreram com a infecção e que a causa provavelmente é o fato de as tribos não terem água encanada e nem esgoto. Eles utilizam água do córrego que passa na região para atender todas as necessidades. O secretário da Cáritas também disse que, com as mudanças de temperatura, estão surgindo problemas respiratórios nos pacientes. “Está fazendo muito calor de dia e esfriando a noite, as casas em que os indígenas moram não os protegem dessa variação”, contou.

A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) trabalha auxiliando os hospitais no atendimento aos aldeões. “As aldeias já contam com uma equipe médica e foi enviado reforço para cada uma delas. Em Pradinho, já são 30 horas sem casos de diarreia, mas para garantir a erradicação é necessário aguardar 10 dias sem casos”, conta Célio César Ferreina, coordenador substituto do Sesai. “Alguns casos mais simples estão sendo tratados na aldeia com a equipe médica, pacientes com casos mais complicados foram encaminhados para os hospitais da região”, completa.

De acordo com informações do Sesai, a Aldeia Pradinho tem 958 pessoas e a Aldeia Água Boa é formada por 843 pessoas. Para ajudar as vítimas da epidemia, a Cáritas Diocesana de Teófilo Otoni iniciou uma campanha nas redes sociais de doações de materiais que estão em falta. Fraldas, talco, pomadas, maizena, lenços umedecidos são os produtos mais necessitados.

Pontos de coleta foram instalados em Governador Valadares nas Paróquias de Nossa Senhora de Lourdes, na Rua Pedro Lessa, 92, e do Cristo Redentor, na Avenida Roma, 425. Doações serão recebidas também em Teófilo Otoni, no Centro Diocesano de Pastoral, na Rua Dr. Onofre, 88.
(foto: Conselho Indigenista Missionário/Divulgação)
(foto: Conselho Indigenista Missionário/Divulgação)
 
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie 


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