Edson Britis, 37 anos, preso na manhã desta quinta-feira, suspeito de ter matado o jogador Daniel Corrêa, confessou o crime. O empresário concedeu entrevista ao programa Meio Dia Paraná, da TV RPC, afiliada da Rede Globo. Ao ser questionado se teria assassinado Daniel, Edson respondeu com firmeza: ‘Sim’.
Leia Mais
Polícia identifica mandante do homicídio de Daniel Corrêa, segundo rádio paranaenseQuase 700 quilos de maconha são apreendidos em carro no Triângulo MineiroEnergia dos bairros afetados pela chuva deve ser restabelecida nesta noite
O suspeito seguiu contando sua versão do crime, que segundo ele, teve motivação passional.
“De repente, uns 40 minutos depois que eles tinham chegado, eu escuto gritos: ‘Socorro, socorro, socorro!’ E eu: ‘meu Deus, é a Cris’. Quando eu cheguei no meu quarto, fui forçar a porta, a porta fechada. Falei, ‘meu Deus, a Cris não fecha a porta’. Eu peguei e dei uma ombrada na porta e arrebentei a porta. Quando eu me deparo, Daniel tá em cima dela, tentando estuprar a minha mulher. Nesse momento que eu vi isso, eu saí de mim.
O suspeito afirmou, ainda, retirou Daniel da casa e o colocou no porta-malas do carro, mas não soube dizer se a vítima ainda estava viva no momento. “Não sei se ele perdeu a consciência. Não sei te afirmar. Eu bati nele muito. Muito. Uns cinco minutos mais ou menos. Daí eu tirei ele da casa. Eu não sei se ele estava desacordado, se estava acordado, se só tinha fechado o olho.
Edson contou, ainda, mais pessoas o ajudaram a espancar Daniel, mas que não participaram da consumação do homicídio. “A bater, sim. Mas na situação do término, não. Não mesmo. No carro tinha mais três pessoas, mas não fizeram nada. Tentaram me impedir, mas não iam conseguir. O desespero, aquela situação em si...
O empresário relata que não planejou o que faria com o jogador, e que a faca utilizada para matar Daniel já estava no carro, junto com outras ferramentas. “Não pensava em nada. Eu tinha uma faca no carro. Era uma faca pequena, que a gente usava no carro, junto com as ferramentas, sabe? Faca que fica junto com ferramenta, no porta-malas. Nem eu sabia que eu ia fazer aquilo. Eu não fui para fazer aquilo. Eu tava desesperado. Estava fora de mim. Eu olhei no porta-malas e vi o que tinha.”
Testemunha ameaçada
Um dos convidados pela família de Edson para a comemoração do aniversário de Alana testemunhou o momento das agressões a Daniel.
“Ouvi muita gritaria pedindo socorro para que acudisse, para que não acontecesse uma tragédia. Nisso eu fui pela janela pelo lado de fora e avistei o que estava acontecendo. O rapaz que veio a óbito estava sendo enforcado, apanhando muito, muito. Nisso entraram mais dois rapazes e ajudaram a bater nele. Eu tentei acudir para impedir a tragédia, mas não tem o que fazer. No momento que eu tento separar, o rapaz em questão (Edson) olha pra mim e fala: ‘sai daqui seu cuzão. Você não me ajudou. Você vai ser o próximo’. Depois entrou mais um no quarto, arrancaram ele do quarto já bem machucado, bem debilitado. Jogaram ele um pouquinho para fora da garagem e continuaram a espancar ele. Falaram palavras de baixo calão. E um deles disse: 'Mexeu com mulher de bandido, vai morrer”, disse.
.