Jornal Estado de Minas

Unidade prisional de Barbacena confirma que dois detentos estão com tuberculose

 

Em nota enviada à imprensa neste sábado (3), a Prefeitura de Barbacena, na Região Central do estado, confirmou que dois detentos lotados no presídio local foram diagnosticados com tuberculose. Uma força-tarefa foi montada para tomar medidas quanto à situação, com esforços do Executivo municipal, da Secretaria de Estado de Administração Prisional de Minas Gerais (SEAP/MG) e da comissão de Direito Penal e Assuntos Carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).


Os trabalhos consistem em uma “estratégia de bloqueio epidemiológico”, por meio de atendimentos médicos e solicitação de exames. A partir dessas medidas, a prefeitura pretende averiguar clínica e patologicamente todos os detentos e funcionários da instituição carcerária. A Secretaria Municipal de Saúde de Barbacena também desloca equipes para cuidar do quadro.


Segundo a Seap, o Hospital Regional de Barbacena acompanha a situação dos detentos. Ainda conforme a pasta, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) elaborou uma série de orientações para que o setor de saúde do presídio da cidade execute ações contra a tuberculose.


A tuberculose é uma doença bacteriana e infecciosa, que afeta os pulmões, principalmente. A transmissão é direta, de pessoa para pessoa.

Portanto, a aglomeração de pessoas, como no caso da penitenciária, se torna um fator de propagação da enfermidade.


O tratamento da doença passa pela ingestão de antibióticos.

 

Más condições


Está é a segunda vez que o presídio de Barbacena aparece no noticiário mineiro neste ano. Em maio, os detentos fizeram um motim na unidade. Eles cobravam melhorias nos atendimentos da unidade.


À época, Fábio Piló, presidente da Comissão de Assuntos Carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB-MG), denunciou a superlotação da penitenciária. Vídeos gravados pelos detentos também circularam pelas redes sociais. Neles, homens reclamam da alimentação precária, superlotação, falhas nos atendimentos médicos e violência por parte dos agentes penitenciários, entre outras reclamações.


Na ocasião, a Seap informou que não havia motim na unidade, mas sim um “movimento de subversão da ordem”. Segundo a pasta, o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) de São João del-Rei foi acionado para dar suporte à unidade na contenção dos ânimos e verbalização.


Além disso, a nota destacou os trabalhos do Comando de Operações Especiais (Cope), que esteve na unidade para dar suporte aos agentes penitenciários na realização dos procedimentos de revista. 

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