Cinco pessoas atingidas pelo tsunami de lama e rejeitos provocado pelo rompimento da barragem de Fundão se manifestaram nesta segunda-feira (5) em Londres. No dia em que a tragédia completa três anos, a comitiva condenou a atuação da Fundação Renova, criada para reparar os danos do desastre ambiental.
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Para ilustrar as barreiras enfrentadas pelos 39 municípios atingidos pelo tsunami de lama e rejeitos desde 5 de novembro de 2015, a comitiva vai apresentar dois documentos aos interlocutores: uma carta de reivindicações e um histórico do desastre e das denúncias de violações.
Em nota, a Fundação Renova informou que “entende como legítima a manifestação dos atingidos e reafirma seu compromisso com o diálogo para a construção conjunta de soluções”. Também disse que “as questões levantadas (pela comitiva) já vêm sendo tratadas e têm sido enfrentadas com empenho, disposição para negociar, transparência e comprometimento com a maior ação de recuperação ambiental, social e econômica em construção no país”.
Esta segunda-feira também marcou o ingresso da ação internacional movida pelo escritório de advocacia anglo-americano SPG Law na corte da Inglaterra e do País de Gales. Como adiantou o Estado de Minas com exclusividade, o montante de reparações pode ultrapassar os 5 bilhões de libras (mais de R$ 24 bilhões, na cotação atual).