Monitorar de perto possíveis alterações nas estruturas de todos os viadutos da cidade como forma de evitar possíveis problemas e também de economizar, visando às manutenções que sejam preventivas e não corretivas. Esse é o objetivo da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), que lançou ontem uma licitação para contratar empresa que vai fazer o acompanhamento visual e topográfico de seis elevados, cinco deles construídos para a Copa do Mundo, dando continuidade ao monitoramento dos pontilhões na cidade. É justamente no corredor formado pelas duas avenidas que estava o Viaduto Batalha dos Guararapes, que desabou em 3 de julho de 2014 deixando dois mortos e 23 feridos já no meio do campeonato mundial de futebol, além de outros quatro que também tiveram problemas apontados por consultorias contratadas na época da tragédia com o Guararapes pela Sudecap. No caso do Guararapes, a Polícia Civil concluiu que houve erro de cálculo no projeto estrutural pilar de sustentação da alça sul do viaduto. O elevado foi projetado pela empresa Consol e construído pela Cowan.
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Os demais viadutos construídos para o alargamento da Pedro I/Antônio Carlos (Monte Castelo, Gil Nogueira, Lúcia Casasanta e Oscar Niemeyer também tiveram problemas apontados em 2015, por meio de um relatório de consultoria apresentado pela Sudecap ao Ministério Público.
Segundo Josué Valadão, que é secretário de Obras e Infraestrutura de Belo Horizonte, esse trabalho também é importante em um contexto em que muitas pessoas têm usado as beiradas de pontilhões para queimar fios de cobre furtados da infraestrutura da cidade. “No pé daqueles viadutos, quando as pessoas põem fogo nos fios, aquele calor gerado pode retirar o reboco e deixar ferragens expostas, que podem ficar sujeitas a oxidação. Nesse trabalho de vistoria, que já é feito na cidade, você antecipa qualquer tipo de necessidade de manutenção”, afirma o secretário..