A Polícia Civil detalhou, nessa terça-feira (6), as investigações que culminaram na prisão dos quatro suspeitos de participarem dos incêndios criminosos em coletivos e instituições de Belo Horizonte e em várias cidades do Sul de Minas no meio deste ano. Segundo a corporação, um dos presos é um nome influente de uma organização criminosa de São Paulo.
De acordo com o delegado responsável pela operação “End Rauchen”, como é chamada as investigações, Thiago Machado, as ordens para os crimes vinham do alto comando da organização criminosa para Ângelo Gonçalves de Miranda Filho, conhecido como Pezão. “(Ele) recrutava os comparsas e dava as ordens para os ataques, exigindo o envio de fotos e vídeos como uma comprovação do cumprimento e da fidelidade”, explicou o investigador.
Ainda conforme a polícia, o suspeito ostentava uma vida confortável, com vários imóveis e um veículo Toyota SW4 blindado, apreendido pelos policiais.
Além dele, foram presos mais três suspeitos, dois homens e uma mulher. Aldemar Aparecido Rodrigues Costa, de cunho Nonô, já investigado pelos agentes anteriormente, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal, na cidade de Itatiaiuçu, na Região Central do estado, após ser flagrado transportando certa quantidade de crack.
Já Christiano Felippe Ribeiro Silva, enteado de Nonô, segundo os investigadores, também fazia parte da quadrilha. Ele é acusado de participar dos incêndios no Bairro Alto dos Pinheiros, Região Noroeste de Belo Horizonte, e realizar a lavagem de dinheiro do grupo utilizando sua conta bancária.
Por fim, a quarta presa é Aline Fernanda Pereira Aguiar, que, de acordo com o Polícia Civil, está presa temporariamente por ter vínculo direto com Pezão. Ela é acusada de negociar armas de fogo do grupo criminoso para terceiros.
O delegado ainda frisa que podem haver outros presos ao decorrer das investigações. “Diligências estão sendo realizadas para o cumprimento dos mandados de prisão expedidos pela Justiça”, afirmou.