Após quatro meses de vigência, a Central de Bloqueio de Celulares (Cbloc) criada pelo governo estadual recebe 50 solicitações por semana, segundo dados do Executivo. A iniciativa permite que um cidadão roubado ou furtado interrompa o funcionamento de seu aparelho com apenas três cliques, por meio do fornecimento de informações pessoais e dados do celular. O site só vale para ocorrências registradas nas 48 horas antes do acesso. Passado esse período, qualquer cidadão pode requerer o bloqueio em uma unidade das polícias Militar ou Civil.
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O sistema do governo opera on-line, hospedado na página da Sesp. A solicitação é recebida por profissionais da pasta, que providenciam a inutilização do aparelho junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em até 24 horas.
Antes, quando o cidadão queria bloquear seu aparelho, precisava ter em mãos o número da Identificação Internacional de Equipamento Móvel (IMEI) do telefone. Geralmente, o dado está inscrito na caixa do celular.
Com o novo serviço do governo, vítimas de furto ou roubo conseguem garantir o bloqueio do seu aparelho de forma mais ágil, on-line e utilizando apenas o número da linha. Inutilizados, os aparelhos perdem valor de mercado e ficam menos atrativos para criminosos.
Mercado negro
Em matéria de capa publicada nessa terça-feira (6), o Estado de Minas mostrou como uma apuração do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil em Belo Horizonte, ligou o alerta para compra e venda de telefones celulares roubados feitas em sites de comércio eletrônico, como OLX e Mercado Livre.
Segundo o delegado Gustavo Barletta, que comanda o trabalho no Depatri para identificar e prender a quadrilha, a Polícia Civil trabalha com a possibilidade de que um grupo com pelo menos seis pessoas atua no roubo e venda de celulares. Dois criminosos já foram identificados e atuam mais na linha de frente.
Um deles é investigado por envolvimento direto nos roubos, responsável por abordar funcionários de lojas de telefone de maneira violenta. O segundo atua no entorno das cenas de crime e também na articulação do comércio eletrônico.
Um dos compradores conversou com a reportagem sob a condição de se manter em anonimato.
O comprador diz ainda que foi ao local acompanhado do irmão e o vendedor ficou de encaminhar a nota fiscal por e-mail. O número de série do aparelho (IMEI) ainda foi checado em uma lista de bloqueio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e, como não se verificou nenhum problema, o negócio foi concretizado. “Usei o celular normalmente por cinco meses, até ser chamado pela Polícia Civil para prestar depoimento e descobrir que tinha sido vítima de um golpe e que o celular era roubado”, completa.
Com informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) e de Guilherme Paranaiba.
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