Condenações por roubo de veículos e cargas, estupro e latrocínio, que somam 59 anos de detenção. Essa é a ficha criminal de Carlos Eduardo Borba de Freitas, de 35 anos, preso na tarde desta segunda-feira pela Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos e Crimes contra o Patrimônio. O homem estava foragido desde agosto, quando fugiu do Presídio José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Carlos foi preso em um Toyota Corolla roubado, com documento de identidade falso e duas armas: uma submetralhadora Uzi e uma pistola Glock calibre .40.
De acordo com Utsch, a organização criminosa da qual Carlos Eduardo fazia parte opera, inclusive, com explosões de caixas eletrônicos. A corporação não informou quem comanda a facção, mas ressaltou que o chefe da organização está preso em Minas. Mesmo detido, o cabeça do grupo dá orientações a seus subordinados por meio de grupos de WhatsApp, conforme a Polícia Civil. “É um grupo de bandidos presos. Em um deles, o detido comenta sobre o patrulhamento da Polícia Militar na região dele e afirma que o trabalho da PM dava um ‘derrame’ de R$ 50 mil por mês”, explicou o delegado.
Parte dos armamentos carregados por Carlos Eduardo é de uso restrito das Forças Armadas, segundo a Polícia Civil, por se tratar de equipamentos bélicos avançados. A pistola Glock apreendida é municiada com um carregador de 31 projéteis e uma tecla seletora de rajada, o permite transformar essa arma, de disparos mais lentos, em submetralhadoras.
Carlos Eduardo fugiu do sistema prisional em 31 de agosto. Segundo nota da Secretaria do Estado de Administração Penitenciária (Seap) à época, ele e outros seis detentos serraram a grade da carceragem, acessaram o pátio e escalaram a muralha com a ajuda de uma corda.