A Polícia Civil de Minas desmantelou na segunda-feira uma quadrilha especializada em sequestro e extorsão. A ação ocorreu depois da corporação identificar um cativeiro na cidade de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e libertar dois reféns (pai e filho), prendendo um dos sequestradores – Rodrigo Tobias de Souza, de 28 anos –, que vigiava o local. O comparsa havia saído com o carro das vítimas e seguia foragido até o fechamento desta edição. Nenhum resgate para as vítimas foi pago. No local, foram apreendidos aparelhos de telefone celular, 5,8 kg de maconha e uma arma de fogo de uso restrito.
Em coletiva à imprensa na tarde de ontem na Delegacia de Operações Especiais (Deoesp), os delegados Ramon Sandoli e Carlos Capistrano disseram que a prisão dos envolvidos revelou uma organização criminosa que agia em várias frentes, sob o comando do detendo Fabrício Leandro Faria, de 44, que coordenava os contatos e os sequestros do interior da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem. Fabrício está preso há 14 anos com uma pena de 137 anos por sequestro, homicídio e tráfico de drogas.
Os criminosos agiam por meio de falsos anúncios da venda de caminhões atraindo compradores de outras cidades e estados. Ao chegar para a compra eles eram rendidos e sequestrados para que os familiares fossem extorquidos.
Leia Mais
Cobra de dois metros é capturada em plantação de hortaliças em MinasDefesa Civil não interditará Hospital Hilton Rocha, mas monitoramento será diário Nova fase de operação contra receptação de celulares tem sete detidos em BHPolícia analisa imagens para identificar bando que sequestrou vigia de banco e famíliaBandidos sequestram funcionário de banco e família em IgaratingaUfop entra em acordo com a Arquidiocese e mantém câmpus de MarianaOs criminosos agiam por meio de falsos anúncios da venda de caminhões atraindo compradores de outras cidades e estados. Ao chegar para a compra eles eram rendidos e sequestrados para que os familiares fossem extorquidos.
GOLPE As investigações tiveram início a partir de uma ocorrência em 1º de novembro, quando outra vítima, de Brasília, teria sido atraída até a Grande BH pela oferta da venda de um caminhão. A família pagou um resgate de R$ 100 mil e o sequestrado retornou à capital do Brasil onde denunciou a extorsão à polícia do Distrito Federal, que acionou a Polícia Civil mineira. Durante o período de investigação, outras duas tentativas de sequestro foram evitadas.
Ainda de acordo com o delegado Sandoli, a corporação apurou que o detento era o chefe da organização e atuava com diversos grupos que não se conheciam e que outros sequestros já estavam em andamento. A cela de Fabrício foi revistada, onde foi encontrado um aparelho de celular com o qual ele comandava os bandos. Segundo o delegado, as investigações continuam e outros membros poderão ser presos nos próximos dias.