O Centro Belo Horizonte ganhará mais quatro paredes desenhadas e coloridas em suas redondezas neste domingo. Os habitantes da capital mineira acompanham desde 4 de outubro as movimentações artísticas em três tradicionais edifícios da cidade: Amazonas Palace Hotel, Edifício Chiquitito Lopes e Edifício Satélite. A iniciativa é do Circuito Urbano de Arte (Cura), que volta em sua terceira edição e contribui para o embelezamento da paisagem da Região Central e vista da Rua Sapucaí, no Bairro Floresta, Região Leste de BH.
O Amazonas Palace Hotel, patrimônio histórico e artístico da capital, será um dos contemplados. Para pintar sua empena de 1.060 metros quadrados, foi convidada a artista argentina e radicada na Espanha, Hyuro. De acordo com o Cura, trata-se de um dos principais nomes da arte de rua ela já vinha sendo chamada pela iniciativa desde a primeira edição. Entre muitas das questões abordadas por ela, destaca-se a figura da mulher. A artista propõe uma reflexão sobre identidades individuais e coletivas, questionando as condições de liberdade como direitos fundamentais de cada um. No local, está sendo desenhado um vestido modelo princesa.
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No edifício da década de 50, o tema escolhida pintar uma das laterais da estrutura – com mais de 62 metros de altura – foi a caligrafia, arte fundadora do grafite. Para isso, foram convidados dois representantes de BH para organizar o processo de fabricação das pinturas: Surto e Nica. Os dois foram responsáveis por reunir artistas que ilustrassem os diferentes estilos, técnicas e linguagens da caligrafia do grafite.
Hyuro foi procurada pela reportagem para falar sobre a sua obra, mas a assessora da artista argentina disse que ela prefere não dar entrevista. Criola também foi procurada, mas não foi encontrada até o fechamento desta edição.
GRAFITE Na ocasião, 21 nomes foram selecionados para erguer o mural, que será totalmente coberto por letras. Conforme a organização, a ideia é que cada artista registre uma arte própria, com sentido peculiar a cada grafiteiro. Além disso, serão pintados um nome por faixa para permitir a apreciação da obra de cada um.
Na outra lateral do Edifício Satélite, o artista plástico Comum, atuante na cena de arte de rua, está utilizando técnicas diferente, como o estêncil (técnica para aplicar um desenho ou ilustração por meio da aplicação de tinta, aerossol ou corte) e a pintura com rolinho e látex. (Com informações de Larissa Ricci)
*Estagiário sob supervisão da subeditora Regina Werneck