A decoração chama a atenção pelo detalhe. Tem um propósito muito maior que o de enfeitar. O bom velhinho chega hoje a um dos shoppings mais tradicionais de Belo Horizonte com uma missão e tanto. Ele será o guardião de quatro árvores do bem. Em cada uma delas, cartões pendurados com o nome de uma criança, a idade e a creche à qual ela é vinculada são o convite para fazer uma boa ação. Adotar um deles é presentear um menino ou menina carente e garantir que Papai Noel não se esquece de ninguém. A proposta é simples e faz toda a diferença: é só comprar o presente e deixar aos pés da árvore. O resto, ele faz.
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Feijoada e torneio de tênis promovem a solidariedade em Belo HorizonteCrianças de creches 'colhem' presentes da Árvore do BemProjetos incentivam decorações de Natal em BHQue tal tirar foto com Papai Noel e personagens animados de graça? Jornada Solidária distribui presentes para crianças de creche em Belo HorizonteJornada Solidária promove festa para 600 crianças na SavassiA ideia foi motivada pelo dia das crianças, quando 100 crianças de uma creche da Vila São José, na Região Noroeste de Belo Horizonte, passaram uma manhã no shopping, com direito a cinema, brincadeiras e brindes. “Vimos a felicidades delas. A maioria nunca havia pisado num shopping ou ido ao cinema. Foi muito gratificante não só para nós da administração, como para os lojistas”, afirma. “Muitos dos nossos clientes gostam de presentear e ajudar alguém”, diz.
Os primeiros presentes serão entregues a uma creche no início do mês que vem. A ação vai ocorrer no próprio shopping e as crianças vão recebê-los das mãos de Papai Noel. A expectativa é que bem antes do dia 24 todas as crianças já tenham sido adotadas, para que outras creches que já fizeram parte da jornada também possam ser beneficiadas. “É muito bacana sermos procurados para essa ação, pois mostra a credibilidade, o reconhecimento e a seriedade e da longevidade do nosso trabalho. É o primeiro programa social de empresa privada no país. Antes, só havia do governo federal”, destaca a coordenadora da Jornada Solidária, Isabela Teixeira da Costa.
COMO COMEÇOU
A jornada foi criada em 1963, com o nome de Jornada pelo Natal do Menor. Nesse formato, chegou a atender 300 instituições, beneficiando 60 mil crianças no ano.
As instituições prestavam contas para se inscrever para a edição seguinte. “Há 16 anos, percebemos que prestavam contas de pequenos reparos que precisavam, como escapamento de gás, uma troca de vidro. Estavam com outras necessidades, maiores até que o Natal. Começamos a pesquisar e falaram que já tinham muitos natais. A sociedade já estava sensibilizada para o voluntariado.
Nessa época, Nazareth Teixeira da Costa assumiu a presidência da jornada e implantou a mudança para o formato de atendimento atual. Há 15 anos, são feitas reformas patrimoniais. As creches são também equipadas com móveis, computadores, mobiliário e brinquedos pedagógicos e lúdicos. É oferecido ainda atendimento psicológico para crianças em condição de vulnerabilidade. Ao longo desse período, foram entregues à comunidade 35 creches prontas – totalmente reformadas, algumas ampliadas e outras com instalações para portadores de necessidades especiais. “Criou-se na época em que não existia o nome responsabilidade social. Fazemos porque achamos que é papel ajudar essas crianças”, diz Isabela.
O trabalho feito pela jornada foi ao encontro do projeto do shopping e resolveu a principal questão: como encontrar instituições sérias e legalmente constituídas. “Sabemos da seriedade da jornada, que é uma marca repertoriada em BH. Foi uma associação muito gratificante.