Segundo o tenente Arley Rodrigues, do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), um grupo formado por quatro policiais havia recebido a informação de que bandidos estavam mantendo armas e drogas em uma casa da Avenida Príncipe Duarte. No local, os policiais encontraram uma vila de casas e viram um homem armado em um corredor de acesso à residência em questão.
"O sargento que estava na ocorrência deu ordem de parada para abordagem do indivíduo, mas ele desobedeceu e atirou contra a guarnição", disse o tenente. Os militares então revidaram e o bandido caiu no chão. Um dos PMs arrecadou a arma do criminoso e ficou no local, enquanto outros dois policiais viram outro suspeito também armado. No fim do corredor, em frente a uma escada, militares voltaram a dar ordem de parada, dessa vez para o segundo homem, que repetiu a ação do comparsa e atirou contra os policiais.
Novamente os militares revidaram e o bandido também caiu no chão. Ainda segundo o tenente Arley, os dois baleados foram socorridos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Justinópolis, mas morreram na unidade de saúde.
Duas pistolas semiautomáticas calibre nove milímetros foram apreendidas, além de carregadores, munições e dinheiro. A Polícia Militar suspeita que um dos dois bandidos que morreram pode ser autor de um homicídio cometido em outubro do Bairro lagoa, o que será verificado pela Polícia Civil.
A PM ainda não tem muitas informações sobre a dupla e também não possui as identificações. Testemunhas disseram que eles teriam se mudado há 10 dias para o local e pagaram aluguel da casa. O lugar onde tudo aconteceu é um ponto conhecido pelo tráfico de drogas.
Procedimento de praxe nesse tipo de ocorrência é a prisão dos militares envolvidos no caso, que são submetidos a um Auto de Prisão em Flagrante (APF) instaurado pelo comandante da unidade onde os policiais envolvidos estão lotados. Esse é o caminho para o caso em que a autoria do fato é comprovada. Se o próprio comandante observar que não há nenhum tipo de ilicitude no ato, ele mesmo já despacha pela liberação dos policiais, que precisa ser chancelada por um juiz de plantão.
No caso de haver um crime cometido por um policial militar, mas que não há clareza na autoria é aberto um Inquérito Policial Militar (IPM) para apuração do caso, que também tem suas movimentações avalizadas pela Justiça.