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Estado de Minas

PBH quer sirenes para impedir acesso da população em temporais na Vilarinho

Defesa Civil vai estudar essa possibilidade, como forma de tentar evitar que as pessoas entrem na área de maior risco da avenida durante chuvas de grande intensidade


postado em 19/11/2018 11:37 / atualizado em 19/11/2018 12:03

Enchente da última quinta-feira arrastou carros e matou três pessoas na Região de Venda Nova. Um jovem segue desaparecido(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Enchente da última quinta-feira arrastou carros e matou três pessoas na Região de Venda Nova. Um jovem segue desaparecido (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
A Prefeitura de Belo Horizonte vai estudar a possibilidade de colocar sirenes para aumentar o nível de alerta em caso de temporais na Avenida Vilarinho, principal via de ligação da Região de Venda Nova com o restante da cidade. Na última quinta-feira, 15 de novembro, três pessoas morreram durante o temporal que alagou a avenida entre o viaduto da Pedro I e a Cristiano Machado, e também a Rua Doutor Álvaro Camargos.

Segundo o coronel Alexandre Lucas, que é coordenador da Defesa Civil de BH, todas as medidas possíveis para tentar impedir ao máximo que a população se aproxime da área mais crítica para alagamentos na região serão estudadas. A instalação de sirenes é uma possibilidade em cruzamentos com semáforos, para indicar que daquele ponto para frente não é permitido o acesso se o dispositivo estiver acionado.

"Vamos ter que melhorar a questão da capacitação da população para que ela não adentre a área de alagmamento. Nós vamos estudar ali a instalação de sirenes para que o maior número de pessoas possa conhecer o perigo que está aproximando", afirma.

Alexandre Lucas destacou que a região da Vilarinho é um dos pontos de alagamento mais complexos da cidade por conta da quantidade de vias que alimentam a avenida. Por isso é muito complicado desenvolver um plano de bloqueio com a presença física de agentes que impeça o acesso da população.

Nesse caso, um sinal sonoro poderia ajudar a barrar a passagem. Porém, Lucas pontuou que as circunstâncias serão estudadas, pois é necessário mensurar todos os impactos e não é possível precisar uma data, por conta dos trâmites burocráticos de contratação desse tipo de serviço.

Inicialmente, a adoção dessa tecnologia ficaria restrita à Vilarinho, conforme Alexandre Lucas. O coordenador da Defesa Civil ainda pediu apoio da população para respeitar os lugares com aviso para não serem acessados em caso de chuva forte.

Na quinta-feira, mãe e filha morreram abraçadas dentro de um Palio depois que foram surpreendidas pela enchente na Vilarinho. O carro em que Cristina Pereira Matos, de 40 anos, e a filha dela, Sofia Pereira, de 6, estavam foi arrastado pela correnteza e as duas acabaram afogadas dentro do veículo, que estava na Vilarinho e parou na linha férrea do metrô. Perto dali, uma jovem de 16 anos caiu em um buraco aberto depois que a força da água removeu a tampa de um bueiro de uma galeria sob a Rua Doutor Álvaro Camargos. Anna Luísa Fernandes de Paiva foi encontrada às margens do Córrego Vilarinho, a cerca de quatro quilômetros do ponto onde submergiu.

Veja estragos do temporal:


Ver galeria . 26 Fotos Escola Municipal Francisca Magalhães Gomes teve vários danos provocados pela chuva. A instituição fica entre a Rua dos Mamoeiros e a Avenida Vilarinho, alagada ontemPaulo Filgueiras/EM
Escola Municipal Francisca Magalhães Gomes teve vários danos provocados pela chuva. A instituição fica entre a Rua dos Mamoeiros e a Avenida Vilarinho, alagada ontem (foto: Paulo Filgueiras/EM )


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