A partir de julho, o prefeito quer todas as máquinas nas ruas para evitar tragédias como ocorreram na quinta-feira, quando três pessoas morreram durante um temporal. Fuad Noman informou que a preferência é pela contratação de empresa que faça o projeto e o execute simultaneamente. Ele acrescentou que o dinheiro está garantido: “Não tem limite e os recursos serão o que for necessário”. Ele disse que a Prefeitura tem dinheiro em volume significativo para começar a obra e, caso haja necessidade de complementação, o município poderá recorrer a instituições financeiras. Não haverá licitação para o projeto nem para obras. A empresa será contratada com dispensa de licitação.
O presidente da Sudecap, Henrique Castilho, destacou que o objetivo é a solução definitiva. “Estudos estão sendo feitos desde o início do governo Kalil e temos agora condições de resolver de vez. Houve uma chuva abundante, vamos executar e fazer acontecer de qualquer maneira. Há um trabalho com a Defesa Civil de monitoramento diário. Mais do que isso, é obra”, relatou.
De acordo com o secretário, está mantido o que foi anunciado anteontem pelo coordenador da Defesa Civil de BH, coronel Alexandre Lucas. Uma das frentes é tentar aumentar o poder de persuasão para convencer a população a não entrar em áreas sujeitas a inundações durante temporais – alerta que já é feito com uso de placas e faixas em pontos críticos. Outra possibilidade é a instalação de sirenes no entorno da Avenida Vilarinho, onde se concentraram os problemas na última tempestade. O objetivo é acionar alarmes sonoros e luminosos em determinados pontos, para alertar motoristas e tentar evitar que sejam surpreendidos pela subida repentina da água.
MORTES Depois de cinco dias de buscas foi encontrado na manhã de ontem um corpo no Córrego Vilarinho que pode ser do jovem desaparecido desde o temporal de quinta-feira. Jonnattan Reis Miranda, de 28 anos, pulou na enchente da Avenida Vilarinho. A família é do interior de Minas e se mudou para BH para tratamento do rapaz, que sofre de esquizofrenia grave desde a infância. Segundo a Polícia Civil nenhum familiar compareceu à corporação para identificar o corpo até o fechamento desta edição.
Também morreram Cristina Pereira Matos, de 40 anos, e a filha Sofia Pereira, de 6, encontradas dentro de um carro arrastado pela correnteza no cruzamento das avenidas Vilarinho e Cristiano Machado. Além delas, perdeu a vida ainda a adolescente Anna Luísa Fernandes de Paiva, de 16 anos, que foi sugada por um bueiro aberto ao descer de um carro na Rua Doutor Álvaro Camargos, que estava alagada.