O corpo do adolescente Luiz Felipe Siqueira, de 17 anos, foi enterrado no cemitério municipal de Turmalina, no Vale do Jequitinhonha, nesta quarta-feira (21). “Tinha muita gente e foi momento de muita comoção para nós”, lamentou uma parente do jovem que não quis se identificar. Antes de ser enterrado, o jovem tinha sido velado na cidade de Minas Novas, na mesma região.
Leia Mais
Família decide doar córneas de adolescente agredido no Instituto de EducaçãoMorre jovem agredido no Instituto de Educação de Minas Gerais Justiça condena jovem que matou colega no Instituto de Educação, em BHAcusado de matar adolescente no Instituto de Educação vai a júri em BHEstudante que matou colega no Instituto de Educação será ouvido pela JustiçaPolícia prorroga prazo para conclusão de investigação sobre agressões no IEMGEm caminhada ecológica, alunos do Instituto de Educação homenageiam colega morto Motorista embriagado capota carro no Anel Rodoviário
De acordo com a direção da escola, a briga entre Hudson e Luiz Felipe teria começado quando os alunos jogavam futebol na quadra da escola. Inicialmente, o atrito teria sido apenas verbal. No entanto, um grupo de alunos acabou atingindo a vítima com socos e pontapés.
Ainda conforme a direção da instituição de ensino, o adolescente tentou fugir para o interior da escola, mas lá dentro foi atingido com um chute na cabeça. Ele estaria de costas quando sofreu o golpe. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compareceu ao local e levou o aluno ferido ao João XXIII, onde ele ficou internado, naquele momento, com quadro preocupante no Centro de Terapia Intensiva (CTI).
Luiz Felipe foi alvo de homenagens na escola estadual após a confirmação da morte. Professores e estudantes do Instituto de Educação se uniram para um abraço simbólico em homenagem ao aluno. Durante a comoção, também foi pedido paz na escola.
Agressor
O agressor do adolescente morto, um aluno de 18 anos, foi detido pela Polícia Militar. A Polícia Civil informou que o jovem foi encaminhado ao sistema prisional.
Segundo a advogada da família de Luiz Felipe, Adriana Eymar, o suspeito já tinha mais de 30 ocorrências na escola; entre elas, está uma agressão ao vice-diretor da escola. Ainda de acordo com a defensora, devido ao mau comportamento, a diretora do IEMG chegou a pedir a transferência do jovem por diversas vezes.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) confirmou que a transferência do jovem já havia sido requerida pela direção, mas não citou a agressão ao vice-diretor. Além disso, conforme a SEE, o agressor tinha mais de 20 ocorrências e não 30, como havia informado a advogada da família da vítima.
A pasta do governo estadual também informou que abrirá uma sindicância para apurar o caso. Segundo a secretaria, o órgão deverá emitir um laudo circunstanciado sobre todos os fatos envolvendo a agressão.