O Ministério Público esclareceu, na tarde desta quinta-feira, alguns pontos da operação Casa de Papel, responsável por investigar uma sonegação fiscal de mais de R$ 60 milhões na comercialização de papel. A suspeita é de que uma grande distribuidora mineira com filial na cidade de São Caetano do Sul (SP) e quatro gráficas situadas em Belo Horizonte e Pouso Alegre - no Sul de Minas - comercializam papel com isenções tributárias sem destiná-los aos fins previstos em lei.
De acordo com a promotora à frente do caso, Cláudia Pacheco, há um ano, o Ministério Público e a Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais começaram a desconfiar de fraudes na circulação de papel imune - tipos de papéis com imunidade tributária utilizado na impressão de livros, jornais, revistas e periódicos.
As investigações apontam que as gráficas das cidades mineiras requeriam grande quantidade de papel à distribuidora paulista, declarando que seriam usados para fins que garantem a isenção fiscal. No entanto, conforme as autoridades apontam, os parques gráficos não possuem condições de imprimir o grande número solicitado. A suspeita é de que os papéis tenham sido utilizados para material publicitário.
Além disso, segundo a promotora, além das seis buscas e apreensões previamente autorizadas pela Justiça, durante as operações, foi necessário expandir a operação para outros dois locais em Belo Horizonte. Os nomes das pessoas e empresas envolvidas na suposta fraude fiscal não foram revelados pelo Ministério Público.
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie