Jornal Estado de Minas

Jovens entre 15 a 29 anos representam 62% das vítimas de homicídio em BH

Moradores da periferia, homens, entre 15 e 29 anos e com menos de oito anos de estudo. Esse é o perfil das maiores vítimas de homicídio em Belo Horizonte. O diagnóstico foi apresentado durante o II Seminário Municipal de Prevenção ao Crime e à Violência, com o perfil dos jovens vítimas de assassinato, bem como a motivação. O evento foi realizado nessa quinta-feira.

Os estudos foram promovidos pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção. Os resultados pautarão novas políticas públicas para reduzir a violência.

Em Belo Horizonte, ocorreram 523 homicídios no ano passado. Desses, 81% dos mortos foi vítima de arma de fogo.
E, apesar de os jovens entre 15 a 29 anos corresponderem a apenas 26,70% do total da população, esses mesmos representam 62% das vítimas de homicídio. Em relação ao gênero, o estudo aponta que BH é dividida em 48,7% masculina e 51,3% feminina, sendo, contudo 92% das vítimas de homicídios do sexo masculino.

Os levantamentos foram feitos pela Gerência de Integração de Análise e Gestão do Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), em parceria com o Departamento de Promoção em Saúde e Vigilância à Saúde (DPVS), da Secretaria Municipal de Saúde. Os dados apresentados foram extraídos do Sistema de Informação Sobre Mortalidade, do portal Atlas da Violência, do IBGE e da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

PROPOSTAS E PREVENÇÃO A Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção desenvolve diversos projetos com o intuito de agir não somente na repressão ao crime, mas também de atuar preventivamente nas motivações dos mesmos.

Essas ações se dão por meio do programa de Gestão Integrada de Segurança e Prevenção e são coordenadas pelo COP/BH, pela Guarda Municipal de Belo Horizonte e pela Diretoria de Prevenção Social ao Crime e à Violência da Secretaria. O programa de Gestão Integrada de Segurança e Prevenção funciona de forma cíclica, iniciando a apuração do problema que se pretende solucionar, fazendo o processamento de dados, a análise, o plano e a execução das ações identificadas como necessárias para a redução dos danos.


Tais ações são multissetoriais e, por isso, necessitam de um trabalho integrado entre o Município, o Estado e a União, conforme cada situação. “No caso do diagnóstico dos homicídios em Belo Horizonte, temos como proposta elaborar um Plano Municipal de Prevenção à Letalidade Violenta de Jovens e Adolescentes da Cidade de Belo Horizonte, visando nortear uma política necessária e urgente”, explicou a diretora de Prevenção Social ao Crime e à Violência da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, Márcia Alves. . .