A motivação do crime, de acordo com a Polícia Militar, é o não depósito do fundo de garantia na conta do ex-funcionário, segundo ele afirmou no boletim de ocorrência.
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Leia na íntegra:
Nota à Imprensa,
Belo Horizonte, 23 de novembro de 2018. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) informa que um ex-funcionário de uma empresa associada ao Sintram ateou fogo a cinco ônibus na noite desta quinta-feira (22/11). O funcionário trabalhou por 1 ano e 5 meses na empresa, e decidiu pedir demissão alegando, em entrevista, que teria melhores oportunidades no transporte por aplicativos. A empresa ressalta que durante todo o contrato de trabalho cumpriu todas as suas obrigações trabalhistas, inclusive fornecendo plano de saúde para o funcionário e sua família.
Ao decidir sair da empresa, o trabalhador solicitou um acordo, que foi formalizado conforme previsto na legislação trabalhista. A empresa realizou o pagamento do acerto em dia e, posteriormente, o ex-colaborador alegou uma diferença de valores no FGTS. Nesse momento, foi comunicado ao funcionário que os valores seriam pagos dentro de um prazo combinado diretamente com ele. Antes do vencimento desse prazo, no entanto, ele colocou fogo nos ônibus.
Os três ônibus que ficaram completamente destruídos, e os outros dois, que poderão ser recuperados, operavam linhas do Terminal Morro Alto, que atende uma média de 40 mil passageiros por dia. Os veículos são articulados, de alta complexidade tecnológica, não existem para pronta-entrega e demoram em torno de 6 meses para serem fabricados e estarem disponíveis para entrar no sistema. Por esse motivo, a oferta de horários da linha terá que ser reduzida até a regularização da frota. O prejuízo financeiro é de aproximadamente R$ 2,5 milhões.
Para minimizar o impacto aos passageiros, a empresa atingida recebeu a colaboração de outras empresas operadoras do sistema metropolitano de transporte, que cederam veículos reserva para que os passageiros do Terminal Morro Alto não fiquem tão prejudicados nesse primeiro momento. Não será possível, no entanto, operar durante seis meses com veículos reserva. Será preciso fazer um ajuste no quadro, com uma pequena redução de horários ao longo dos próximos meses, até que os novos veículos cheguem para operação na empresa.
O Sintram lamenta o ocorrido e reitera que repudia veementemente os ataques criminosos contra os veículos do sistema. Trata-se de um crime grave que está colocando em risco os colaboradores e os usuários do transporte público, além de prejudicar toda a operação do sistema de transporte de passageiros.
*Estagiário sob supervisão do editor Benny Cohen