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Estado de Minas

Ex-funcionário que incendiou ônibus por motivos trabalhistas é encaminhado para prisão

Autor do crime foi autuado em flagrante por causar incêndio e dano qualificado por ''motivo egoístico''; Razão foi falta de depósito do FGTS, alega o responsável; Empresa diz que houve acordo sobre benefício


23/11/2018 13:19 - atualizado 23/11/2018 13:29

O homem que incendiou três ônibus na estação Terminal Metropolitano de Morro Alto nessa quinta-feira (22) foi autuado por “causar incêndio e dano qualificado com emprego de substância inflamável contra patrimônio de empresa de serviço público por motivo egoístico” e encaminhado ao sistema prisional.

A motivação do crime, de acordo com a Polícia Militar, é o não depósito do fundo de garantia na conta do ex-funcionário, segundo ele afirmou no boletim de ocorrência.

A estação Morro Alto, onde ocorreu o crime, não teve mudanças no funcionamento, informa o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintran). As linhas cujos ônibus foram queimados tiveram mudança de itinerário, afirma a Secretaria de Estado de Transportes e Obras (Setop). 

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano divulgou nota na qual afirma que agiu dentro das normas previstas pela reforma trabalhista e que houve acordo sobre o FGTS.  “A empresa realizou o pagamento do acerto em dia e, posteriormente, o ex-colaborador alegou uma diferença de valores no FGTS. Nesse momento, foi comunicado ao funcionário que os valores seriam pagos dentro de um prazo combinado diretamente com ele. Antes do vencimento desse prazo, no entanto, ele colocou fogo nos ônibus”, diz a nota. 

Leia na íntegra:

Nota à Imprensa,


Belo Horizonte, 23 de novembro de 2018. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) informa que um ex-funcionário de uma empresa associada ao Sintram ateou fogo a cinco ônibus na noite desta quinta-feira (22/11). O funcionário trabalhou por 1 ano e 5 meses na empresa, e decidiu pedir demissão alegando, em entrevista, que teria melhores oportunidades no transporte por aplicativos. A empresa ressalta que durante todo o contrato de trabalho cumpriu todas as suas obrigações trabalhistas, inclusive fornecendo plano de saúde para o funcionário e sua família. 


Ao decidir sair da empresa, o trabalhador solicitou um acordo, que foi formalizado conforme previsto na legislação trabalhista. A empresa realizou o pagamento do acerto em dia e, posteriormente, o ex-colaborador alegou uma diferença de valores no FGTS. Nesse momento, foi comunicado ao funcionário que os valores seriam pagos dentro de um prazo combinado diretamente com ele. Antes do vencimento desse prazo, no entanto, ele colocou fogo nos ônibus.  


(foto: Reprodução/Youtube)
Os três ônibus que ficaram completamente destruídos, e os outros dois, que poderão ser recuperados, operavam linhas do Terminal Morro Alto, que atende uma média de 40 mil passageiros por dia. Os veículos são articulados, de alta complexidade tecnológica, não existem para pronta-entrega e demoram em torno de 6 meses para serem fabricados e estarem disponíveis para entrar no sistema. Por esse motivo, a oferta de horários da linha terá que ser reduzida até a regularização da frota. O prejuízo financeiro é de aproximadamente R$ 2,5 milhões. 


Para minimizar o impacto aos passageiros, a empresa atingida recebeu a colaboração de outras empresas operadoras do sistema metropolitano de transporte, que cederam veículos reserva para que os passageiros do Terminal Morro Alto não fiquem tão prejudicados nesse primeiro momento. Não será possível, no entanto, operar durante seis meses com veículos reserva. Será preciso fazer um ajuste no quadro, com uma pequena redução de horários ao longo dos próximos meses, até que os novos veículos cheguem para operação na empresa.


O Sintram lamenta o ocorrido e reitera que repudia veementemente os ataques criminosos contra os veículos do sistema. Trata-se de um crime grave que está colocando em risco os colaboradores e os usuários do transporte público, além de prejudicar toda a operação do sistema de transporte de passageiros.
 
*Estagiário sob supervisão do editor Benny Cohen 


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