De acordo com a corporação, o homem de 39 anos não tinha nenhuma acusação de violência doméstica envolvendo a mulher, Mariana Barbosa Paranhos, de 33. Além disso, as investigações apontam que o casal passava por problemas e Thiago, particularmente, enfrentava conflitos pessoais.
O delegado responsável pelo inquérito, Felipe Oliveira Monteiro, considera o caso incomum. Segundo ele, usualmente, em casos de feminicídio, o suspeito tem um histórico de violência doméstica, o que não foi constatado nesse crime.
Conforme as apurações, no dia do crime, o casal havia tido uma discussão. "Pelo perfil de Thiago, acreditamos que algo relacionado a essa discussão despertou uma espécie de surto que o levou a cometer os crimes e em seguida se matar", analisou o delegado investigador.
O caso
No dia 17, por volta das 4h, Thiago José Aquino Marques, junto com a filha do casal, de apenas 4, foi de carro até o Hospital Santa Casa, onde Mariana trabalhava. Lá, o homem teria pedido para que a esposa fosse chamada, mas ela mandou um recado por uma enfermeira dizendo que não poderia sair porque estava em atendimento. Thiago teria dito que a criança estava passando mal e, depois de um tempo, Mariana foi até o carro, onde teria discutido com o marido.
De acordo com a Polícia Civil, Mariana desceu do veículo, mas acabou sendo perseguida e agredida pelo homem. A mulher ainda conseguiu fugir, mas Thiago voltou ao carro e tentou atropelá-la duas vezes. Segundo os investigadores, ela se abrigou no alpendre de uma casa.
Ainda segundo as apurações dos investigadores, o homem, por sua vez, desceu do carro, pegou algo no banco da frente e foi até o banco de trás, onde esfaqueou a filha do casal. Depois, foi atrás de Mariana e a golpeou no alpendre da residência. Após o crime, ele ainda se esfaqueou quatro vezes no peito e morreu.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Rachel Botelho
*Estagiário sob supervisão da subeditora Rachel Botelho