A Defesa Civil de Belo Horizonte acompanha os trabalhos do Corpo de Bombeiros no resgate de um operário que foi soterrado em uma obra de um prédio residencial na Rua Piauí próximo com a esquina com a Rua Aimorés, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul. De acordo com o agente Marcos Vinícius Vittorio, o perigo persiste no local. “Ainda permanece o risco”, disse. Uma análise inicial feito pelo órgão municipal indica que faltavam equipamentos de segurança na obra.
O incidente aconteceu no início da tarde desta quarta-feira. Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima, que seria um trabalhador da obra, foi atingida por uma quantidade de terra que deslizou, deixando o operário soterrado em um buraco aberto para a construção de um muro que fará a contenção do terreno vizinho. “A vítima está soterrada dentro da obra. O Corpo de Bombeiros está trabalhando com várias equipes no local. Existem várias equipes especializadas, tem equipes do Samu. É um trabalho de muita paciência, muita técnica, onde foi feito um escoramento, utilizamos escoras, cunhas, e o local se tornou estável”, explicou o tenente Gonzalez.
Os bombeiros tiveram que solicitar a presença da Polícia Militar no local para retirar outros operários que também estavam em risco. Inicialmente não quiseram sair para tentar resgatar o colega. A primeira ação dos militares foi realizar o escoramento para conseguir fazer a retirada da terra com segurança. Essa parte do trabalho de salvamento durou cerca de uma hora. “Foi feita uma escavação de aproximadamente um metro e meio de terra, que já foi retirada. Mas o relato é que ela (vítima) estaria a três metros abaixo do nível do solo”, disse o tenente. Segundo ele, o local onde está o operário é de cerca de meio metro de diâmetro.
De acordo com o Marcos Vinícius, já foram retirados aproximadamente quatro metros de terra. A vítima estaria a cerca de cinco metros de profundidade. Uma análise inicial indicou que a norma de segurança não foi totalmente seguida. “Existe a norma, e é preciso ter um bolsão. A princípio não teria o bolsão. Quando faz um tubulão, tenho que ter uma bolsa que vai dar o suporte para eu entrar e ter acesso a essa fundura. Pois, se algo cair, estou protegido com o bolsão”, contou.
Por meio de nota, a Construtora Terrazzas lamentou o incidente com o operário. “Ao longo dos últimos 15 anos, nos transformamos em uma das referências em segurança do trabalho no setor da Construção Civil, através de um rigoroso controle da utilização correta de todos os equipamentos de proteção e adoção de práticas e iniciativas inovadoras. Infelizmente o risco é inerente à nossa atividade e estamos muito consternados com o acontecido, nossa equipe já está prestando todas as informações às autoridades competentes, para a rápida apuração do caso”. “E, por fim, reafirmamos o nosso compromisso em prestar todo o amparo necessário à família da vítima neste momento tão difícil. A empresa está em luto e agradecemos a todas as manifestações de solidariedade que recebemos”, finalizou.