O operário Cleiton Pereira, de 37 anos, que morreu ao ser soterrado em uma obra no Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, avisou sobre o perigo antes de perder a vida. Isso porque uma escavadeira estava em ação no momento em que Cleiton estava dentro do buraco, fazendo uma fundação de 12 metros de profundidade, segundo relato de colegas de trabalho. Ele trabalhava como tubuleiro na obra da construtora Terrazas, na rua Piauí, entre Aimorés e Timbiras. A obra foi interditada pela Defesa Civil.
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Depois da divulgação da morte do operário, funcionários ficaram consternados no lado de fora da obra.
Depois de seis horas de trabalho, equipes do Corpo de Bombeiros encontraram o corpo do operário. Por volta das 16h20, os militares chegaram até o braço do homem. A previsão é que o corpo seja retirado ainda na noite desta quarta-feira.
Depois de uma análise de técnicos, o local foi interditado. Por meio de nota, a Defesa Civil informou que medidas terão que ser tomadas pela empresa no terreno.
O soterramento
O incidente aconteceu no fim da manhã desta quarta-feira. Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima, que seria um trabalhador da obra, foi atingida por uma quantidade de terra que deslizou, deixando o operário soterrado em um buraco aberto para a construção de um muro que fará a contenção do terreno vizinho. As causas ainda estão sendo apuradas.
Os militares utilizam várias técnicas para realizar o salvamento. Entre elas, o rapel. “Como se trata de um local abaixo do nível do solo, se trabalha com segurança, então, para os bombeiros acessar a vítima, eles precisam descer com a técnica do rapel. Isso evita um novo acidente”, disse o tenente. As causas do incidente ainda serão apuradas.
A Defesa Civil de Belo Horizonte também acompanhou os trabalhos. Uma análise inicial do órgão municipal indicou que a norma de segurança não foi totalmente seguida. “Existe a norma, e é preciso ter um bolsão. A princípio não teria o bolsão. Quando faz um tubulão, tenho que ter uma bolsa que vai dar o suporte para eu entrar e ter acesso a essa fundura. Pois, se algo cair, estou protegido com o bolsão”, contou Marcus Vinícius Vittório, da Defesa Civil.
Por meio de nota, a Construtora Terrazzas lamentou o incidente com o operário. “Ao longo dos últimos 15 anos, nos transformamos em uma das referências em segurança do trabalho no setor da Construção Civil, através de um rigoroso controle da utilização correta de todos os equipamentos de proteção e adoção de práticas e iniciativas inovadoras.