Um esquema de corrupção na vistoria de veículos em Lavras, no Sul de Minas, foi desfeito na manhã desta segunda-feira pela Operação Vigilância Perene. Cinco mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil de Minas Gerais.
Após dois meses de investigações, foi constatado que os despachantes pagavam propina para um funcionário público municipal que, cedido para trabalhar no setor de trânsito da Delegacia, aprovava veículos durante as vistorias, mesmo que fossem constatadas irregularidades nos carros.
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Também são cumpridos mandados de busca e apreensão com o objetivo de encontrar os veículos para a realização de nova vistoria e para verificar se, além das irregularidades administrativas, há também indícios de crimes - numeração de chassi e de motor adulteradas, por exemplo.
Segundo o delegado, quem contrata o serviço pelo despachante às vezes nem sabe do pagamento da propina, mas há casos em que o contratante sabe. Esses casos também serão investigados para possível punição do contratante, assim como a busca por mais pessoas que faziam o serviço ilegal na cidade. O funcionário público vai responder por corrupção passiva e os despachantes por corrupção ativa.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.