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Estado de Minas

Comandante da PM em Minas aprova secretário de Segurança do governo Zema

Coronel Helbert Figueiró de Lourdes, que vai deixar o posto de comando da Polícia Militar ao fim do mandato de Fernando Pimentel, disse que general Mario Lucio Alves de Araújo poderá fazer uma boa interlocução com o governo federal e tem qualificação para a gestão da segurança pública no estado


postado em 14/12/2018 11:31 / atualizado em 14/12/2018 11:50

Comandante-geral (à direita, ao microfone) fez balanço da gestão na sede da Fiemg, em Belo Horizonte(foto: Marcilene Neves/Polícia Militar)
Comandante-geral (à direita, ao microfone) fez balanço da gestão na sede da Fiemg, em Belo Horizonte (foto: Marcilene Neves/Polícia Militar)
O novo secretário de Estado de Segurança Pública que assumirá o posto na gestão Romeu Zema poderá desenvolver uma boa relação com o governo do presidente Jair Bolsonaro. Essa é a opinião do comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, que fez um balanço de sua gestão à frente da corporação na manhã desta sexta-feira, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Figueiró aprovou a indicação do general da reserva do Exército Brasileiro, Mario Lucio Alves de Araújo, de 62 anos, que vai substituir o delegado da Polícia Federal Sergio Barboza Menezes. Segundo o comandante-geral da PM, pelo fato de Marcio Lucio ser um general, isso pode facilitar na relação com o governo Bolsonaro. "Ela (a indicação) cumpre um papel favorável, que é a interlocução com o governo federal. Acho que isso é necessário ao estado de Minas Gerais. O fato de ser um general pode abrir portas para Minas inclusive em relação ao repasse de recursos", diz o militar.

O coronel também disse que a carreira que precisa ser percorrida para que uma pessoa alcance o posto de general no Exército qualifica o próximo secretário de Segurança a desenvolver o papel que é esperado do gestor da pasta. "Em relação à gestão dentro do estado de Minas Gerais eu vejo que pela própria condição de ser general, a carreira que tem que passar e os passos que tem que dar para chegar a esse posto no Exército Brasileiro dão a ele conhecimento e capacidade de fazer o seu trabalho, que é construir a interlocução entre as polícias e entre os órgãos de segurança do estado", pontua.

INDICADORES O comandante-geral apresentou dados relativos ao período de 2017 e 2018, em que esteve à frente da PM em Minas, e destacou principalmente a implantação das bases comunitárias de segurança, principal fator apontado pela corporação como responsável pela redução de crimes violentos, especialmente os roubos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Figueiró pontuou que em 2017 foram registrados 142.934 crimes violentos em Minas, contra 87.067 registros de janeiro a 30 de novembro de 2018. A redução é de 39%, porém sem considerar os dados de dezembro, restando ainda 15 dias para o fim do mês.

Outro dado que foi ressaltado pelo comandante-geral diz respeito aos ataques a bancos promovidos por quadrilhas especializadas, com explosões de caixas eletrônicos. Em 2016, foram 237 casos, contra 190 em 2017 e 95 de janeiro a 11 de dezembro de 2018. Manter a modalidade em queda e enfrentar a violência empregada pelos bandidos será um dos desafios do novo comando da PM e da Secretaria de Segurança em geral, segundo o coronel Helbert Figueiró de Lourdes. "As estratégias estão consolidadas e permanecem. O que a gente tem que fazer é agregar essas novas propostas que já estão construídas, inclusive orçamentariamente, que é o projeto segurança blindada que vai sim trazer um potencial de resposta e de dissuasão psicológica desse delito no estado com grande proporção", completa.


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