O integrante do movimento Tarifa Zero, André Veloso, criticou o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, depois de a PBH anunciar em coletiva que o preço da passagem de ônibus na capital subirá de R$ 4,05 para R$ 4,50 a partir do dia 30 de dezembro deste ano.
O Tarifa Zero considera que a auditoria realizada pela prefeitura é “fake” e que o prefeito Alexandre Kalil (PHS) não cumpriu a promessa de “bater de frente” com as empresas de transporte público em BH. “A principal questão é que Kalil cedeu, arregou. Ficou enchendo a boca o ano inteiro e, no primeiro sinal, faz o reajuste”, afirma André.
O integrante do Tarifa Zero diz que o movimento estuda entrar na Justiça contra o aumento e argumenta que não se pode tratar como “vantagem” o anúncio de contratação de 500 cobradores e a compra de 300 ônibus com ar condicionado. “Isso está na Lei e no contrato. Não se negocia cumprimento de contrato, ou se cumpre ou muda o contrato. Renovar a frota está no contrato e contratar os profissionais está na Lei 10526/2012. Nada mais é do que obrigação”, protesta.
O Tarifa Zero informa que a reunião será aberta ao público e que qualquer pessoa pode participar. No evento criado no Facebook, o grupo afirma que “Kalil está negociando um aumento para que as empresas façam o mínimo de cumprir a lei, e nada mais”.
O Estado de Minas procurou a prefeitura para repercutir a declaração de André Veloso. A assessoria de Kalil informou que não vai comentar.
Passagem a R$ 3,45
Pouco antes de Alexandre Kalil “abrir a caixa preta da BHTrans”, o movimento Tarifa Zero divulgou um estudo em que afirma que a passagem em Belo Horizonte deveria ser R$ 3,45. O grupo argumenta que o cálculo foi feito com dados fornecidos pela BHTrans a partir da Lei de Acesso à Informação da mesma forma como era realizado entre 1982 e 2007.
A reunião do Tarifa Zero será realizada no Centro de Referência da Juventude (CRJ), Rua Guaicurus, 50, região Central de Belo Horizonte, nesta quinta-feira, a partir de 19h.
*Estagiário sob supervisão do editor Benny Cohen