Está preso à disposição da Justiça o estelionatário Djalma Alves da Silva, de 55 anos, que atuava como um falso médium no Hipercentro de Belo Horizonte, e deu um golpe de R$ 284 mil em uma professora aposentada na capital mineira. Ele chegou a usar truques de mágica para conquistar a confiança da idosa, além de levá-la a instituições de caridade para convencer ainda mais a vítima. Com o nome de Antônio, ele atuava em uma sala alugada no Edifício Clemente Faria, na Avenida Afonso Pena, em plena Praça Sete, como se fosse um guia espiritual.
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A partir daí a mulher levou a vítima ao falso médium, que prometeu um tratamento espiritual para purificar o dinheiro, sob o argumento que esse era o problema que causava sofrimento na família. Um dos truques usados pelo estelionatário para impressionar a vítima foi mergulhar uma folha de papel na água e retirar com o aparecimento da imagem de um caixão, mediante conhecimentos de química que o criminoso possui. Ele tem, inclusive, uma carteira da Associação de Mágicos do Estado de São Paulo. Outro truque usado pelo investigado teve relação com frutas, segundo a Polícia Civil. Ele pediu que a mulher levasse algumas frutas em um dos encontros e ao descascar um mamão ele inseriu objetos como um pedaço de uma nota de R$ 50, que indicaria a necessidade de purificação do dinheiro.
Durante uma semana a idosa fez vários saques no banco, entregando uma quantia de R$ 284 mil ao falsário, o que levantou suspeitas do gerente do banco, que acionou a família. A própria vítima também desconfiou e a polícia foi acionada, conseguindo prender Djalma em flagrante quando ele se preparava para abandonar a sala no Centro de BH e fugir. Na casa dele, que fica no Bairro Castelo, Região da Pampulha os investigadores do DIHPP encontraram uma maleta trancada, que foi aberta na delegacia e continha R$ 250 mil. O valor foi restituído à vítima.
O Auto de Prisão em Flagrante (APF) será encaminhado ao Departamento de Fraudes, que vai prosseguir com as investigações. Djalma ainda tentou subornar os policiais, oferecendo R$ 20 mil para ser liberado e por isso também foi autuado por corrupção ativa, além dos crimes de uso de documento falso e estelionato.