Jornal Estado de Minas

Minas tem 28 trechos de estradas total ou parcialmente interditados; veja mapa

- Foto: Artes
Estradas lotadas, obras, previsão de chuva. Esses são alguns fatores que vão exigir mais atenção dos motoristas que pretendem viajar neste fim de ano e no próximo mês. Em dezembro e janeiro, quando ocorrem as férias escolares, o número de veículos nas rodovias que cortam Minas Gerais aumenta, o que eleva o risco de acidentes. E no período chuvoso algumas surpresas desagradáveis podem surgir, como o fechamento de rodovias. Atualmente, contando somente as estradas estaduais, há 28 trechos interditados, parcialmente fechados ou com restrição de tráfego (veja mapa). Os problemas mais recorrentes são queda de barreira, rompimento da pista, aparecimento de erosões. Nas estradas federais – concedidas ou não à administração privada – também não faltam problemas. Bem próximo da capital mineira, os condutores tiveram que ter atenção e paciência desde a quinta-feira na Fernão Dias devido às obras próximo ao Km 487, em Betim, na Grande BH.

Motoristas que saíram de Belo Horizonte para o réveillon já encontraram tráfego lento na rodovia BR-381 (Fernão Dias) depois que o rompimento de uma canalização de água estrangulou uma das pistas rápidas (esquerda) nos dois sentidos desta que é uma das mais movimentadas rodovias de Minas Gerais, ligando a capital mineira à paulista.
O rompimento ocorreu na altura do Km 487, no Bairro Jardim Teresópolis, em Betim, na Grande BH, próximo ao trevo da montadora Fiat. A Artéris Fernão Não há previsão da concessionária Artéris Fernão Dias, que administra a rodovia, promete para a manhã de hoje o término dos reparos. Cones fecham mais de um quilômetro de cada uma das faixas para que operários e máquinas – como uma retroescavadeira – possam trabalhar removendo e reposicionando pesadas manilhas de concreto.

A ruptura ocorreu anteontem, mas testemunhas que moram no bairro contam que rachaduras precederam o colapso do asfalto. “Estava tudo trincado e afundando (na pista de sentido Betim). Quando um caminhão passou e terminou de arrebentar tudo. Saiu muita água na hora”, disse o atendente Eros Matheus de Barros, de 20 anos, que trabalha numa elétrica próxima. O comerciante João Antônio dos Santos, de 50, conta que dois carros caíram no buraco e se danificaram.
“Jorrou meio metro de água de dentro do buraco. Chovia muito e dois carros caíram lá e furaram os pneus. Foi um engarrafamento enorme, que chegou até ao Carrefour”, conta. A expectativa dele é de que haja mais engarrafamentos. “Aqui na Fernão Dias, qualquer coisa que acontece trava o trânsito todo. Com certeza vai agarrar quem for sair para o feriado e vai ser ainda pior quando for na volta, porque ainda junta muita gente que está viajando desde o Natal”, afirma o comerciante.

Outros trechos de rodovias federais merecem atenção dos motoristas. Um deles, também na BR-381, é o que liga Belo Horizonte ao litoral do Espírito Santo, não concedido à iniciativa privada. O destino é um dos preferidos dos mineiros.
A rodovia passa por obras de duplicação. Por isso, alguns trechos estão parcialmente interditados, o que gera longas filas. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) destaca que alguns trechos exigem cuidado extra dos motoristas. Como aquele entre o Km 271,7 e o Km 310,8, no entrocamento com a MG-320, para Paraguaçu, e o acesso para a Santa Maria de Itabira, na Região Central de Minas Gerais. Próximo aos Kms 287 e 288, por sua vez, a retenção se deve aos quebra-molas. Entre os Kms 336,7 e 446, entre Barão de Cocais e Caeté, na Grande BH, também há intervenções no asfalto. Por isso, há constante movimentação de máquinas.

Para o inspetor Aristides Júnior, chefe do Núcleo de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Minas, a contribuição dos condutores será importante para diminuir a violência nas estradas. “Por causa da chuva, todas as rodovias se tornam perigosas. O motorista vai precisar ter atenção em todas. Na chuva, devem diminuir a velocidade, aumentar a distância do veículo que está à frente, aumentar a atenção, utilizar o cinto de segurança, que é obrigatório para todos ocupantes dos veículos”, afirmou.

MAIS RISCO Na saída de Belo Horizonte, outras rodovias merecem atenção.
Como a MG-10, que vai em direção à Serra do Cipó, outro destino bastante procurado. “Os motoristas saem de uma rodovia com pista dupla, a Linha Verde, até Lagoa Santa. Dali pra frente, passam para pista simples, que é estreita e costuma ter bastante veículos. Então, os motoristas têm que ficar atentos e respeitar as leis de trânsito”, aconselha o tenente Geraldo Donizetti, comandante do policiamento do Anel Rodoviário. Ainda na Grande BH, o policiamento será reforçado na BR-356, na Serra de Itabirito, próximo a Ouro Preto, onde há um grande número de pousadas. De acordo com o tenente, o trecho é bastante sinuoso.



Chuvas


A previsão de chuva nessa temporada pode agravar alguns problemas nas estradas estaduais. Dados do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG), mostram que há 28 trechos de rodovias que estão interditados ou parcialmente fechados. Somente nos últimos dois meses, foram oito ocorrências registradas.

Na MG-458, entre Natércia e Heliodora, na Região Sul de Minas, o asfalto cedeu e uma cratera se abriu na rodovia. Por causa disso, o trecho próximo ao Km 26 está completamente interditado. Na LMG-820, entre São Domingos do Prata e Dionísio, na Região Central de Minas, a estrada está parcialmente interditada próximo ao Km 32,8.
Segundo o DEER, o tráfego está em meia pista por causa de uma erosão no aterro ao lado direito da via..