A decisão pelo aumento de tarifas de ônibus em Belo Horizonte e também dos coletivos que fazem o transporte metropolitano e intermunicipal de passageiros terá que enfrentar reações. O Ministério Público Estadual (MPE) abriu inquérito para averiguar o reajuste de 11% anunciado no transporte da capital e deu 72 horas para a Prefeitura de BH se manifestar. O prefeito Alexandre Kalil respondeu ao órgão pelo Twitter. Além disso, a Justiça foi provocada para impedir os reajustes médios de 6,40% e 6,78% dos sistemas metropolitano e intermunicipal, respectivamente, por meio de ação popular impetrada por um advogado morador de Santa Luzia, na Grande BH, mas negou o pedido. Enquanto isso, a Prefeitura de Contagem anunciou que não concorda com proposta de aumento feito pelas empresas que fornecem o transporte municipal da cidade da região metropolitana, sob o argumento de que não houve melhoria na qualidade do serviço que justifique a passagem mais cara.
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MPMG abre inquérito para apurar aumento da passagem de ônibus em BHPrefeitura recusa aumento das passagens de ônibus em ContagemEmpresas vão recorrer de decisão que barrou aumento das passagens de ônibus em BHApesar de suspensão liminar, tarifa de ônibus em BH segue a R$ 4,50Justiça suspende aumento de 11% das tarifas de ônibus de BHIncêndio destrói parte de cinema em CaetéKalil, após dizer que não devia satisfações sobre reajuste: 'Postei errado'Tarifa dos ônibus metropolitanos e intermunicipais já estão mais carasO prefeito Alexandre Kalil recorreu ao Twitter para se manifestar sobre o preço da tarifa. Kalil disse que não tem satisfação a dar a ninguém, já que os documentos da auditoria feita nos contratos do transporte público de BH foram encaminhados ao Ministério Público. “Temos um contrato e uma auditoria publicada. Não temos satisfação a dar a ninguém. Autorizei a entrega imediata dos documentos ao MP e ponto final.
Em outra frente, o advogado Abraão Soares Gracco, que é morador de Santa Luzia, entrou com ação popular na 4ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte solicitando que a Justiça barre qualquer aumento nas tarifas dos ônibus intermunicipais e metropolitanos, ambos previstos para este sábado, mas não foi bem sucedido. No primeiro caso o anúncio foi de 6,78% no valor médio, enquanto no segundo caso o reajuste médio é de 6,40%. Gracco também solicitou a retirada das catracas duplas nos ônibus metropolitanos, que foram instaladas com a saída de cobradores dos coletivos para impedir que as pessoas passem pela roleta sem pagar. Esse pedido também foi negado.
“O objetivo é manter o preço das passagens por três razões. Primeiro porque houve redução de tributos. Além disso, os ônibus estão sem trocador e em maio tivemos greve dos caminhoneiros, que impôs um subsídio de 46 centavos no litro do óleo diesel”, diz o advogado. Ainda segundo Gracco, é necessário analisar os sistemas de transporte para embasar um aumento. Porém, os argumentos não foram aceitos.
METROPOLITANOS E INTERMUNICIPAIS Com o aumento mantido, ônibus metropolitanos e os intermunicipais sofreram reajustes, de 6,40% e 6,78%, respectivamente, que passam a vigorar neste sábado. Com o reajuste, o valor da tarifa vai de R$ 5 para R$ 5,35. A menor passagem foi de R$ 3,35 para R$ 3,60. Já a maior, passou de R$ 46,20 para R$ 49,05, que é a linha Betim/Aeroporto de Confins, via Aeroporto da Pampulha.
No caso das linhas intermunicipais, a tarifa de menor valor passou para R$ 3,20, de Sete Lagoas/Prudente de Morais, por exemplo, e o maior valor, para R$ 274,40, de Uberlândia / Juiz de Fora. O valor da passagem de Belo Horizonte/Ouro Preto foi para R$ 32,05; de Belo Horizonte/Montes Claros, R$ 139,40 e de Belo Horizonte/Divinópolis, R$ 40.
Após queda de braço entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e empresários neste fim de ano, os passageiros da capital também terão que desembolsar, a partir de amanhã, R$ 4,50 pela tarifa dos ônibus convencionais e do BRT/Move que era de R$ 4,05 (%2b11%). Os veículos de transporte de Vilas e Favelas subiu de R$ 0,90 para R$ 1. As passagens que antes custavam R$ 2,85 (circular e alimentadoras) vão para R$ 3,15, e os táxi-lotação, que custavam R$ 4,45, passam para R$ 5.
Um acordo feito entre a BHTrans e as empresas de transporte rodoviário firmou a contratação de cobradores, ainda em janeiro, e a renovação da frota no primeiro quadrimestre de 2019. Também no 1° mês do ano haverá publicação do edital de contratação de projeto de cerca de 50 quilômetros de faixas exclusivas.