O prefeito Alexandre Kalil (PHS) voltou a falar sobre o aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte. Horas depois de dizer pelas redes sociais que não tinha que dar satisfação a ninguém, o administrador municipal voltou ao Twitter para falar que houve um mal-entendido em seu post anterior. Segundo ele, a insatisfação é com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que abriu inquérito para investigar a alta de 11% da tarifa, que entra em vigor neste domingo, e deu 72 horas para a prefeitura se manifestar.
Na noite dessa sexta-feira, Kalil recorreu ao Twitter para se manifestar sobre o preço da tarifa. O prefeito disse que não tem satisfação a dar a ninguém, já que os documentos da auditoria feita nos contratos do transporte público de BH foram encaminhados ao Ministério Público. “Temos um contrato e uma auditoria publicada. Não temos satisfação a dar a ninguém. Autorizei a entrega imediata dos documentos ao MP e ponto final. E mais: se alguém deu aumento maior que o contrato, tenho uma sugestão ao MP: pedir a prisão”, publicou.
Três horas depois, ele voltou na mesma rede social e fez um novo post devido à repercussão. “Pessoal, postei errado e houve um mal-entendido. Ao povo dei e continuarei dando satisfação: 400 caixas e 104 mil documentos. Estou puto é com o MP”, afirmou.
A administração municipal anunciou que a passagem que hoje custa R$ 4,05 passará a custar R$ 4,50 a partir deste domingo, aumento que equivale a 11%. Antes disso, porém, Kalil informou que a auditoria feita nos contratos entre as empresas e a BHTrans apontou que a passagem em BH deveria custar R$ 6,35, levando em consideração custos e receitas do sistema. A auditoria foi uma promessa de campanha de Kalil, que prometeu abrir a chamada "caixa-preta" da BHTrans. A tarifa não foi reajustada no fim de 2017. A condição para que isso acontecesse, segundo o prefeito, era a conclusão da vistoria minuciosa nas contas, que incluíram uma análise em mais de 40 mil documentos.