Os céus sobre a Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, serão iluminados para saudar a chegada de 2019 na 29ª edição do Show de Fogos da TV Alterosa, na virada desta madrugada. O espetáculo que atrai multidões, chegando a concentrar mais de 200 mil pessoas, vai ter uma duração ampliada, saltando dos 10 minutos de queima de fogos ocorrido no ano passado, para 12 minutos de formas e brilho, colorindo a orla, que é patrimônio cultural da humanidade, neste ano. A expectativa é ainda maior devido a surpresas que prometem um espetáculo ainda maior do que os últimos. De a cordo com o blaster pirotécnico Wellinton Carlos Oliveira, responsável pelos efeitos especiais e montagem das quatro balsas ao longo do lago, o número de pontos de detonação foi ampliado de 932 para 1.132. Ao todo, duas toneladas de explosivos serão utilizados. “O melhor local para se admirar a queima de fogos é da Praça de Iemanjá, pois a pessoa conseguirá enxergar as detonações de três balsas simultaneamente. Muita gente gosta de assistir da Igrejinha e lá teremos uma balsa, devido ao braço da lagoa ser estreito. De qualquer ponto da orla as pessoas poderão assistir aos fogos”, afirma Wellinton.
A duração do show é de 19h de hoje à 1h do dia 1°. O trânsito da orla da Lagoa da Pampulha vai ser alterado, com interdição das ruas do entorno a partir da Igreja de São Francisco de Assis. Todas as áreas bloqueadas terão faixas afixadas em postes para alertar aos motoristas e também agentes de trânsito, guardas municipais e policiais militares de trânsito para prestar apoio e organizar o tráfego de veículos. A oferta de ônibus municipais e metropolitanos também foi planejada e está garantida para quem prefere utilizar o transporte público. Moradores da Pampulha não terão o acesso às suas casas prejudicado, recebendo credenciais que os permitirá acessar a área restrita para deixar ou chegar em suas residências.
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A família do greenkeeper André Luiz de Oliveira Silva, de 39 anos, já participou de duas queimas de fogos na Lagoa da Pampulha e se disseram impressionados com o espetáculo e também com a estrutura. “Os fogos são maravilhosos. A gente não tira os olhos do céu, porque a todo momento a gente vê cores diferentes, explosões com formas surpreendentes. Nós adoramos cada minuto que passamos lá”, disse. A mulher dele, a auxiliar de enfermagem Bárbara Daiana Zorzatto, de 34, afirma que a segurança do evento foi tão efetiva que a permitiu ter paz para admirar a queima sem ter de se preocupar com ameaças aos filhos pequenos. “Tem muitos policiais, muitos guardas (municipais). Com isso não tem confusão, não tem criminalidade, dá para as famílias levarem seus filhos e curtir tudo com responsabilidade sem se preocupar”, disse.
A primeira festa ocorreu em 1990, na Praça do Papa, no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Já no segundo ano o evento foi transferido para a Pampulha, cartão-postal da capital e patrimônio cultural da humanidade. Desde então, tornou-se a maior queima de fogos embarcada em lagoa do Brasil.