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Estado de Minas

Bombeiros dão prazo de 30 dias e socorristas voltam a trabalhar nas rodovias

Partes se encontraram na tarde desta sexta-feira, na Cidade Administrativa, para discutir sobre a Lei Estadual 22.389; texto permite que apenas médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem tenham contato direto com as vítimas de acidentes


postado em 04/01/2019 20:09

Reunião aconteceu na Cidade Administrativa e representou novo capítulo na negociação entre o Corpo de Bombeiros e os grupos de atendimento voluntário (foto: Renato Carvalho/Serviço Voluntário de Resgate de João Monlevade)
Reunião aconteceu na Cidade Administrativa e representou novo capítulo na negociação entre o Corpo de Bombeiros e os grupos de atendimento voluntário (foto: Renato Carvalho/Serviço Voluntário de Resgate de João Monlevade)

 

Socorristas voluntários voltaram à ativa na tarde desta sexta-feira, após ter as atividades suspensas no início do ano. Em reunião realizada na Cidade Administrativa com o Corpo de Bombeiros, as entidades ganharam prazo adicional de 30 dias para se adequar às normas da corporação para atendimento pré-hospitalar nas estradas de Minas Gerais. Em portaria publicada no Diário Oficial do Estado, referente à Lei Estadual 22.389, se limitou os socorros diretos às vítimas somente a médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.


Com o acordo firmado nesta sexta, as partes se comprometeram a dar alguns passos que podem ser decisivos para a solução do impasse nos próximos dias. Ficou acordado que, inicialmente, serão inscritas as entidades. Além disso, depois de a Secretaria de Saúde definir a regulação médica, serão cadastrados os profissionais.


Segundo o chefe da Divisão de Gestão de Atividades Auxiliares dos Bombeiros, major João Guilherme Britto Vieira, a corporação vai articular a possibilidade de pessoas sem formação na área da saúde trabalharem como socorristas. “Vamos trabalhar com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) para verificar a possibilidade de voluntários que não são vinculados à área de saúde exercerem, mediante cumprimento de determinadas exigências, atividade de atendimento pré-hospitalar”, disse.


De acordo com o major, os Bombeiros não abrem mão da qualificação desses voluntários, o que se configura como a principal preocupação da corporação. “É preciso formação mínima para lidar com a vida humana”, ressaltou. Ele acrescentou que a grade curricular e a carga horária exigidas dessa formação estão sendo discutidas e que a expectativa é de chegar em breve a um ponto comum.


O presidente da Associação de Bombeiros e Equipes de Resgate Voluntários do Estado de Minas Gerais (Volunterminas), Fabrício de Oliveira Coelho, garante que os socorristas já têm curso para atuar como tal. Por isso, faltaria apenas a pasta de saúde reconhecer a competência por meio de norma ou portaria. “Ele (o major) diz que há profissionais não oriundos da saúde, mas não deixa claro quem são eles. Queremos que a SES faça justamente isso: explicitar que são os voluntários a prestar esse atendimento”, explica Coelho.


A estimativa é de que haja 45 instituições voluntárias no estado, num total de 3 mil socorristas. De acordo com a Volunterminas, a maioria deles atua nas BRs 381 e 262, nas regiões Sul, Central e Vale do Aço.


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