Começou, por volta das 9h desta quinta-feira, a missa de corpo presente do Padre Quevedo, morto aos 88 anos nessa quarta em Belo Horizonte. A cerimônia é realizada no câmpus da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje), no Bairro Planalto, Região Norte da capital. O sepultamento está marcado para as 11h no Cemitério Bosque da Esperança.
Conhecido pelo bordão “Isso non ecziste”, no período entre 2 de janeiro e 5 de maio de 2000, o jesuíta espanhol Oscar González Quevedo Bruzan apresentava um quadro O caçador de enigmas no programa Fantástico, da TV Globo, com apresentação de Cid Moreira. O objetivo era desvendar fenômenos da natureza e desmascarar charlatões, investigando casos relacionados a casas mal-assombradas, gravações do além, premonições, dentre outros mistérios. O espaço do padre Quevedo no programa virou sucesso nacional depois de ter surgido como sucessor de Mister M, fenômeno de audiência naquele ano.
Na década de 1970, quando desmascarou o ilusionista israelense/britânico Uri Geller, que dizia entornar talheres com seus poderes paranormais, o jesuíta ganhou fama. Quevedo estava afastado da mídia desde 2011. Depois do sucesso na Globo, ele chegou a fazer participações em programas de outras emissoras de televisão.
Natural de Madri e naturalizado brasileiro na década de 1960, padre Quevedo deixou diversos livros escritos, inclusive sendo traduzidos em outras línguas, como O que é parapsicologia, A face oculta da mente e As forças físicas da mente. Além de parapsicologia, área que era considerado um especialista, era formado em filosofia, teologia e humanidades clássicas.
Quevedo morava na Casa Irmão Luciano Brandão desde 2012. No local são atendidos jesuítas idosos e com problemas de saúde.