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Estado de Minas

Rodovia ganha nome de professora que salvou crianças em creche de Janaúba

LMG-631, que liga o município de São João da Ponte à BR-122, na altura da cidade de Francisco Sá, passa a se chamar 'Professora Helley de Abreu Batista'


11/01/2019 20:52

Reprodução/Arquivo Pessoal(foto: Helley morreu fazendo o que mais gostava: ensinar seus alunos)
Reprodução/Arquivo Pessoal (foto: Helley morreu fazendo o que mais gostava: ensinar seus alunos)

 

Uma das heroínas na tragédia de Janaúba, na Região Norte de Minas Gerais, a professora Helley de Abreu Batista ganhou nova homenagem no último sábado (5). Ela agora dá nome à rodovia LMG-631, que liga o município de São João da Ponte à BR-122, na altura da cidade de Francisco Sá, na mesma região onde o vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, ateou fogo em crianças e nele mesmo. A alteração foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no último sábado. A informação foi publicada pelo portal O Tempo e confirmada pelo em.com.br.


A tragédia aconteceu em 5 de outubro de 2017. Na ocasião, a professora Helley entrou em confronto corporal com o vigia Damião e impediu que ele ferisse mais crianças. A discente ainda ajudou no resgate dos alunos. Ela morreu com 90% do corpo queimado. Além dela e do criminoso, o fato deixou 12 pessoas mortas – 10 delas crianças.


Desde então, a creche Gente Inocente foi reformada e se transformou em um Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei), que também leva o nome da professora. Logo após a tragédia, Helley também foi condecorada com a Ordem Nacional do Mérito. A honraria foi concedida pelo então presidente Michel Temer.


Ela deixou três filhos: Breno, de 16 anos, Lívia, de 13; e Olavo, 2, que era bebê quando perdeu a mãe. Helley recebia cerca de R$ 1,5 mil da prefeitura de Janaúba.


Inegrante de uma família de três irmãos, ela nasceu em Montes Claros e, ainda na juventude, mudou-se para Janaúba, onde o pai, João Rodrigues da Silva (já falecido), arrumou um emprego numa loja de móveis. Com pouco mais de 20 anos, casou-se com Luiz Carlos Batista.


Ainda na juventude, experimentou uma grande dificuldade pessoal. Durante uma festa de carnaval, foi com a família para um clube no balneário Bico da Pedra, onde o primeiro filho dela, Pablo, de 5, morreu afogado na piscina do clube. “Foi muito difícil. Todo mundo da família ficou muito chocado. O meu cunhado até pensou em fazer uma besteira. Mas a Helley superou”, relembrou o serralheiro Paulo Rogério Abreu, irmão da professora, em entrevista concedida ao Estado de Minas ainda em 2017.


Formada em Pedagogia, Helley começou a trabalhar há alguns anos como professora municipal em Nova Porteirinha, no Norte de Minas. Inicialmente, se dedicou a uma zona rural denominada Dengoso. Depois, trabalhou na Escola Estadual Luzia Mendes, no Bairro Dente Grande, na área de baixa renda de Janaúba.


A professora prestava serviço à creche Gente Inocente há um ano quando morreu. Ela morava em Nova Porteirinha e todos os dias atravessava a ponte sobre o Rio Gorutuba para cuidar de “suas crianças”, como se referia aos alunos com familiares. Ela também fez curso de especialização na área educacional – a partir de um curso para incluir pessoas com deficiências. (Com informações de Luiz Ribeiro)




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