A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) de Minas Gerais informou que enviará 16 agentes de segurança para atuar no combate aos ataques de criminosos no Ceará. Eles farão parte da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária - cinco deles atuarão diretamente no estado nordestino e os outros 11 ficarão em regime de sobreaviso em Brasília.
De acordo com a Seap, os 16 servidores mineiros foram selecionados a partir de critérios técnicos, entre eles possuir curso de capacitação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e comprovada experiência em unidades prisionais. Atualmente, eles atuam nos municípios de Belo Horizonte, Uberlândia, Patos de Minas, Unaí, Muriaé, Teófilo Otoni, Nova Era, São Lourenço e Francisco Sá. A secretaria não divulgou os nomes dos agentes, por questão de segurança.
Ainda segundo a Seap, as diárias e o transporte aéreo ficarão por conta do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Os agentes permanecerão na força-tarefa por ao menos 90 dias e, em caso de prorrogação, o Depen fará um novo pedido. Os servidores devem partir para o Ceará e a capital do país ainda esta semana.
Ao todo, até esta segunda-feira, já foram registrados cerca de 200 ataques contra órgãos públicos, veículos, estabelecimentos comerciais, torres de energia e de telefonia, pontes e viadutos em vários pontos do Ceará. As ocorrências são registradas desde 2 de janeiro e teriam dado início após o secretário de Administração Penitenciária do Ceará, Luís Mauro Albuquerque, dizer que não reconheceria a atuação das facções criminosas e que acabaria com a separação desses grupos por presídios no estado.
Força-Tarefa
A Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) foi criada em 2017 pelo então ministro da Justiça e Cidadania, e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Formada por agentes penitenciários federais, estaduais e do Distrito Federal, a FTIP atua em apoio aos governos estaduais em situações extraordinárias de grave crise no sistema penitenciário.
Conforme portaria assinada pelo ministro, compete à força-tarefa atividades de serviço de guarda, vigilância e custódia dos presos.
(* Estagiário sob supervisão do subeditor Fred Bottrel)
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